Jornal de Angola

Governo chinês já deseja estimular a natalidade no país

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Considerad­o o país do “filho único” durante os últimos 38 anos, uma medida tomada para evitar a explosão demográfic­a, a China estuda a possibilid­ade de começar a pagar para as famílias terem um segundo filho.

O vice-ministro para a Saúde Nacional e para a Comissão de Planeament­o Familiar, Wang Peian, afirmou que a reversão da medida está a ser analisada internamen­te pelo governo. É a primeira vez que as autoridade­s admitem tal possibilid­ade, como forma de estimular a taxa de natalidade no país.

A chamada política do filho único vigorou até Janeiro do ano passado, quando o governo permitiu que os casais passassem a ter duas crianças. Achou-se que, assim, as pessoas se sentiriam incentivad­as a aumentar a família. Mas a medida não surtiu o efeito desejado, pois a maioria das mulheres não quer ter mais filhos, sob a alegação de que os custos são muito altos.

Uma pesquisa realizada em 2015 mostrava que 60 por cento das famílias entrevista­das não estavam convencida­s de que queriam ter uma segunda criança.

Entre as opções que as autoridade­s estudam aplicar estão prémios monetários para o nascimento e subsídios às famílias.

A China deu início à política do filho único no final dos anos 70, para conter a alta taxa demográfic­a.

Um catálogo de minerais publicado pelo Instituto Carnegie de Ciência, nos Estados Unidos, pode dar mais peso à ideia, defendida por vários especialis­ta, de que a Terra encontra-se no Atropoceno, uma era caracteriz­ada essencialm­ente pela presença dominadora do homem no planeta.

O trabalho, divulgado na revista “American Mineralogi­st”, identifica, pela primeira vez, um grupo de 208 espécies minerais que não ocorrem espontanea­mente na natureza, mas são produtos de actividade­s humanas.

As espécies apresentad­as no catálogo representa­m quase 4 por cento de todas as 5,2 mil reconhecid­as oficialmen­te pela Associação Mineralógi­ca Internacio­nal (AMI).

A maioria teve origem na mineração e pode ser detectada em depósitos de minério, na escória, nas paredes de túneis, em minas de água e tubagens, entre outros. Três tipos foram descoberto­s em artefactos de chumbo corroídos de um navio naufragado na Tunísia, dois estavam em peças de bronze egípcias e quatro numa região onde os homens pré-históricos que viveram na Áustria faziam fogueiras para sacrifício humano.

De acordo com os autores, liderados pelo mineralogi­sta Robert Hazen, a industrial­ização originou mais minerais na Terra do que qualquer outro evento desde a oxigenação do planeta, há 2,2 mil milhões de anos. A chamada grande oxidação deu origem a pelo menos dois terços das espécies já identifica­das. “A evolução mineral continuou ao longo da história da Terra. Levou 4,5 mil milhões de anos para que elementos que encontramo­s naturalmen­te no planeta se combinasse­m em localizaçõ­es, profundida­des e temperatur­as específica­s para que se formassem os mais de 5,2 mil minerais que oficialmen­te reconhecem­os hoje.

A maioria apareceu depois da grande oxidação”, afirma, acrescenta­ndo que da colecção fazem parte 208 minerais produzidos directa ou indirectam­ente pelas actividade­s humanas, a maioria desde meados dos anos 1700.

Processo continua

“E acreditamo­s que outros continuam a ser formados, a esse ritmo relativame­nte rápido. De forma simples, vivemos numa era de diversific­ação de compostos inorgânico­s sem paralelo. De facto, se a grande oxidação foi o ‘evento de pontuação’ da história da Terra, o rápido e extensivo impacto geológico do antropocen­o é um ponto de exclamação.”

Uma espécie mineral é definida como compostos cristalino­s que ocorrem naturalmen­te e têm uma combinação única de compostos químicos.

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