Exército de Pyongyang pronto para responder
O Governo de Pyongyang alertou ontem às autoridades de Seul e de Washington que pode realizar ataques se a frota comandada pelo porta-aviões USS Carl Vinson, que se juntou a forças sul-coreanas para exercícios, violar a soberania da Coreia do Norte.
“Se houver alguma violação ao nosso território, as Forças Armadas vão lançar ataques impiedosos ultraprecisos por terra, ar, mar e submarinos contra os inimigos”, noticiou a agência KCNA. A 11 de Março, várias aeronaves descolaram do portaaviões e sobrevoaram uma rota perto do espaço aéreo norte-coreano com lançamento de bombas e ataques surpresa em alvos terrestres, no quadro dos exercícios militares com as Forças Armadas da Coreia do Sul.
Um porta-voz da Marinha dos EUA disse que o Carl Vinson está numa operação regular e agendada na região, durante a qual participa em exercícios com forças aliadas da Coreia do Sul. Na semana passada, a Coreia do Norte disparou quatro mísseis balísticos em direcção ao Mar do Japão em resposta aos exercícios militares anuais dos EUA e Coreia do Sul, encarados por Pyongyang como a preparação um ataque ao país. O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, iniciou ontem a sua primeira viagem internacional com a complicada missão de desenvolver uma estratégia de contenção da ameaça militar da Coreia do Norte contra o Japão e a Coreia do Sul, mas sem perturbar a China, que contesta a instalação de um escudo anti-mísseis norte-americano na região.
Rex Tillerson
A viagem aos três países é uma prova de fogo para Rex Tillerson, que em menos de dois meses como chefe da diplomacia norte-americana deu sinais de estar a ser marginalizado pela Casa Branca, que parece decidida a comandar a política externa do país e reduzir ao mínimo a influência do Departamento de Estado.
A delicada diplomacia em relação à Coreia do Norte, que tem um plano de testes de mísseis balísticos e nucleares, vai ser o foco de Rex Tillerson que quer explorar alternativas estratégicas. “Uma parte importante das conversas vai estar focada em definir os elementos de um novo enfoque contra a Coreia do Norte”, disse a jornalista.