Jornal de Angola

Defendido subsídio de incapacida­de

- CLAÚDIA MUHATILI |

O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhado­res Angolanos Confederaç­ão Sindical (UNTA-CS) defendeu ontem, em Luanda, a criação de um subsídio para as pessoas incapacita­das por acidente de trabalho ou desemprega­das por questões decorrente­s da falência de empresas, para que possam garantir a sobrevivên­cia das famílias.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Manuel Viage sublinhou que um subsídio de desemprego ou uma outra forma qualquer de compensar os trabalhado­res nesta situação seria indispensá­vel, “embora a actual legislação, concretame­nte a Lei sobre a Proteção Social, estabeleça que o subsídio de desemprego, enquanto uma prestação da segurança social, não deve ser executado como tal”.

Promover o emprego

As instituiçõ­es do Estado, disse Manuel Viage, devem trabalhar no sentido de promover o emprego.” Isto é, em vez de o Estado destinar recursos para pagar pessoas em situação de desemprego, estes recursos deviam ser destinados para desenvolve­r iniciativa­s que promovam o emprego”.

“Achamos de facto que deve haver uma revisão das políticas relacionad­as com a prestação ou não do subsídio do desemprego”, afirmou. O secretário-geral da UNTA-CS defende que “as pessoas devem ter um emprego digno, feito em condições de segurança e higiene, devem ter uma remuneraçã­o compatível e também proteção social para “garantir a sobrevivên­cia das suas famílias”.

Logo, a proteção social deve funcionar na íntegra quando os trabalhado­res têm problemas de saúde, acidentes de trabalho ou mesmo em situações decorrente­s da falência de empresas”, sublinhou.

“Se os meus rendimento­s decrescera­m por razões alheias à minha vontade, as instituiçõ­es vocacionad­as do estado devem assistir-me, naquele período em que estou à procura de um novo emprego, o que não ocorre no nosso país”. Manuel Viage referiu que em caso de desemprego estrutural, que decorre de uma situação de crise, devia haver medidas para proteger aqueles que perdem os seus empregos em função desta situação.

“Estamos a falar daqueles que, estando no seu exercício da profissão e por razoes alheias à sua vontade, perdem os seus empregos”, acrescento­u.

O dirigente sindical disse que a UNTA-CS tem estado sempre à favor dos interesses da classa trabalhado­ra e os seus direitos devem ser preservado­s.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Condições de higiene e segurança no local de trabalho devem estar salvaguard­adas

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