Financiamento da Educação em discussão hoje em Dakar
O ministro da Educação, Pinda Simão, representa hoje, em Dakar, Senegal, o Presidente da República na mesa redonda da Trienal 2017, da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África, que este ano discute o “Financiamento da educação em África”.
Os Chefes de Estado ou seus representantes vão procurar mecanismos para a mobilização de recursos para a estratégia de desenvolvimento do sector educativo no continente africano.
Na mesa redonda vai-se debater ainda a criação de um fundo próprio para o desenvolvimento da Educação em África. Para hoje, estão agendados trabalhos em plenárias, onde o ministro Pinda Simão vai apresentar uma resenha sobre a luta contra o analfabetismo.
O ensino técnico e profissional na área da tecnologia, a promoção da agrícola e industrial, bem como a importância dos programas de formação de professores competentes em todos os níveis vão merecer a atenção do ministro Pinda Simão.
Os trabalhos da Trienal 2017 da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África realizam-se no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf, em Dakar, e têm o término marcado para amanhã, sexta-feira. Os números apresentados em Fevereiro pelo ministro da Educação, Pinda Simão, por ocasião da cerimónia oficial de abertura do ano lectivo 2017, confirmam a trajectória ascendente do processo de universalização do ensino no país, com uma taxa de alfabetização a ultrapassar os 70 por cento da população.
Em 2016, frequentaram o ensino geral 9.086.600 alunos, 5,5 por cento acima da cifra do ano precedente. Mas o maior “boom” no ensino geral ocorre de 2009 a 2015. Neste período, o número da população estudantil passa de 5.834.454 para 8.308.980 alunos.
Quando as Nações Unidas começam a implementar, em 2016, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que inclui, entre outros objectivos, a promoção da educação equitativa e de qualidade para todos, Angola já estava bem encaminhada nesse sentido. Para este ano, as grandes metas do Ministério da Educação vão no sentido de superar os resultados alcançados em 2016, ano em que os indicadores da taxa bruta de escolarização se situaram em 120 por cento, sendo 107 na iniciação, 169 no ensino primário, 79 no primeiro ciclo do ensino secundário e 53 no segundo ciclo. A melhoria da taxa de aprovação de dois pontos percentuais em 2016, é outra meta.