Jornal de Angola

Executivo aberto ao diálogo

Reunião apreciou diploma que prevê a criação de novas instituiçõ­es de ensino superior privadas

- JOÃO DIAS |

O ministro da Educação, Pinda Simão, afirmou ontem, em Luanda, que o Executivo continua aberto ao diálogo com parceiros e o Sindicato dos Professore­s (Sinprof) com vista a discutir aspectos ligados à defesa dos interesses dos trabalhado­res e a consequent­e melhoria das condições sociais e de trabalho. O ministro, que falava à imprensa no termo da 3ª reunião ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, reconheceu ser vocação dos sindicatos defender os interesses dos trabalhado­res e que, por isso, se procurou sempre manter um diálogo aberto. “Sempre estivemos abertos ao diálogo e à reivindica­ção dos interesses dos professore­s e não me lembro do contrário. Nunca houve vontade para não dialogar”, referiu. “Viemos à reunião dar informação complement­ar de como a situação evoluiu”, sublinhou o ministro, que lamentou o facto de o Sinprof partir para a greve mesmo quando parte dos pedidos feitos pelos professore­s estava a ser analisada e resolvida. O ministro explicou que nove províncias não aderiram à greve.

O ministro da Educação, Pinda Simão, afirmou ontem, em Luanda, que o Executivo continua aberto ao diálogo com parceiros e o Sindicato dos Professore­s (Sinprof) com vista a discutir aspectos ligados à defesa dos interesses dos trabalhado­res e a consequent­e melhoria das condições sociais e de trabalho.

O ministro, que falava à imprensa no termo da 3ª reunião ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, reconheceu ser vocação dos sindicatos defender os interesses dos trabalhado­res e que, por isso, se procurou sempre manter um diálogo aberto. “Sempre estivemos abertos ao diálogo e à reivindica­ção dos interesses dos professore­s e não lembro o contrário. Nunca houve vontade para não dialogar”, referiu.

“Viemos à reunião dar informação complement­ar de como a situação evoluiu”, sublinhou o ministro, que lamentou o facto de o Sinprof partir para a greve mesmo quando parte dos pedidos feitos pelos professore­s estava a ser analisada e resolvida.

O ministro explicou que nove províncias não aderiram à greve. Das outras nove, a greve teve expressão nas províncias do Bengo e de Luanda. “Vamos dialogar com os sindicatos na próxima reunião, já em conjunto com os ministério­s da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social e Finanças”, garantiu.

Em relação à actualizaç­ão de categorias, o ministro esclareceu que tal deve ser feito com base no que está fixado na lei e na disponibil­idade de vagas, que sempre implicam disponibil­idade financeira.

No que respeita à transição do regime probatório para o efectivo, Pinda Simão lembrou que a questão é pacífica. O que vai ocorrer agora, anunciou, é que o Ministério das Finanças vai introduzir um aplicativo eletrónico para melhorar o processo de identifica­ção desses casos. “Mas, quase todas as semanas assino despachos de transição do regime probatório para o efectivo”, informou Pinda Simão, que reconhece que a perda de poder de compra dos professore­s em 40 por cento radica das dificuldad­es financeira­s do momento.

Quanto aos subsídios, disse que há um diploma que indica os no domínio da Educação, mas que foi revogado por um outro diploma de 2003. Deste, os professore­s beneficiam dos subsídios de risco e de dedicação exclusiva. “A intenção é que se alargue este leque”, disse o ministro, que prometeu também alterações progressiv­as nas condições de trabalho nas escolas.

Novas instituiçõ­es

No domínio do Ensino Superior, a comissão analisou um diploma que prevê a criação de instituiçõ­es de ensino superior privadas em algumas das oito regiões académicas do país, para melhorar a distribuiç­ão territoria­l da rede de instituiçõ­es de ensino superior e a criação de oportunida­des para os jovens, em várias províncias, obterem formação de nível superior.

A comissão apreciou um outro diploma que visa a criação do Instituto Superior de Saúde Multiperfi­l, com sede em Luanda, voltado à formação, investigaç­ão científica e extensão universitá­ria na área das Ciências da Saúde.

A comissão tomou conhecimen­to do processo de regulariza­ção de cursos no subsistema de Ensino Superior. O que se pretende é dar uma solução definitiva ao problema dos mais de dez mil estudantes que, desde 2012, concluíram as suas licenciatu­ras em cursos que careciam de regulariza­ção e aos mais de 16 mil estudantes que frequentam actualment­e cursos que se encontram na mesma situação.

O Ministério do Ensino Superior criou 91 cursos que careciam de regulariza­ção, em 18 instituiçõ­es de ensino superior e vai continuar a fazer o acompanham­ento e a avaliação dos referidos cursos para assegurar a correcção das insuficiên­cias registadas durante a instrução dos processos e garantir a formação de quadros dentro dos padrões de qualidade internacio­nalmente aceites.

“Educação para todos”

A comissão tomou conhecimen­to do Relatório de Execução do Programa “Educação para todos”, referente ao período 2000 a 2015, no quadro da declaração de Incheon e da acção mundial 2030, adoptados pelo Fórum Mundial de Educação e pela 38ª sessão da Conferênci­a geral da Unesco, realizados em Maio e Novembro de 2015, na Coreia do Sul e em França, respectiva­mente.

No relatório, são destacados os principais progressos registados no país, nos seis diferentes domínios de intervençã­o do programa, nomeadamen­te a primeira infância, a universali­zação do ensino primário, as habilidade­s e preparação para a vida activa, a redução do analfabeti­smo, a equidade do género e a qualidade da educação.

A comissão acolheu, com satisfação, o reconhecim­ento de algumas instituiçõ­es internacio­nais relativame­nte ao investimen­to feito pelo Estado no domínio da erradicaçã­o do analfabeti­smo e aumento da oferta formativa no ensino técnico e profission­al.

O documento aborda, igualmente, os desafios que ainda se colocam ao país até 2030, em função dos objectivos, metas e indicadore­s estabeleci­dos internacio­nalmente para uma educação de qualidade para todos em Angola. Nesse sentido, o Estado deve promover o alargament­o da rede pública de atendiment­o à primeira infância e a implementa­ção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino.

A comissão foi informada sobre as actividade­s realizadas para a constituiç­ão da Federação Angolana do Desporto Escolar. A comissão instalador­a está criada e está a preparar as condições necessária­s para a sua institucio­nalização e a consequent­e implementa­ção de um novo modelo de organizaçã­o e funcioname­nto do desporto escolar.

Resposta à cólera

A Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros foi informada sobre a execução do Plano de Resposta e Controlo da Epidemia de Cólera no país, na sequência do surgimento do surto no município do Soyo, em Dezembro de 2016, em que foram registados 345 casos até ao dia 27 de Março de 2017, dos quais 14 resultaram em óbitos nos municípios do Soyo e de Cabinda.

Tendo em vista os diversos factores que propiciam o surgimento do surto e o risco da sua propagação para outras áreas do país, o Plano de Resposta e Controlo da Epidemia da Cólera apresenta um conjunto de medidas de prevenção que envolvem a participaç­ão de várias entidades públicas e privadas em todo o país, bem como são identifica­dos os recursos financeiro­s para a sua materializ­ação.

 ?? JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Vice-Presidente da República Manuel Vicente dirigiu os trabalhos da Comissão para Política Social do Conselho de Ministros
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-Presidente da República Manuel Vicente dirigiu os trabalhos da Comissão para Política Social do Conselho de Ministros
 ?? JOÃO GOMES|EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Membros da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros analisaram ontem aspectos que têm a ver com o sector da Educação
JOÃO GOMES|EDIÇÕES NOVEMBRO Membros da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros analisaram ontem aspectos que têm a ver com o sector da Educação

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