CARTAS DO LEITOR
Tensão mundial
Depois do ataque com mísseis Tomahawk por parte da marinha americana contra instalações militares sírias e o desdobramento de uma esquadra naval na península coreana, a tensão mundial pode subir grau.
Contrariamente à promessa de que não se ia imiscuir nos problemas dos outros países, a Administração do Presidente Donald Trump dá o dito pelo não dito ao seguir o paradigma das Administrações republicanas.
Espero que as Nações Unidas e os principais parceiros dos Estados Unidos, nomeadamente na Europa, a França, a Alemanha e a Inglaterra, na Ásia, a Coreia do Sul e Japão, desempenhem o papel que deles se espera. Espero que este grupo de países exerçam a sua influência junto da Administração Trump no sentido da redução do militarismo, tendo como o exemplo seguido pelo Presidente George W. Bush.
Este último resolveu menos problemas e criou mais dificuldades para países e regiões, cujas sequelas persistem até aos dias de hoje.
A tentativa de resolver problemas por via do uso da força acabou por transformar-se numa verdadeira caixa de Pandora.
Os males a que se propôs erradicar contribuíram para a multiplicação de outros males, facto sobre o qual a actual administração devia ponderar inevitavelmente.
Tudo quando o mundo parece menos interessado, num momento de muitas incertezas, em confrontação militar entre os Estados. Devemos, sim, fazer jus à Carta da ONU cuja principal bandeira é a necessidade de resolução pacífica dos diferendos.
Trajectória do Presidente
Eu sou estudante de Ciências Sociais e acompanho com muito interesse o percurso político que o país segue sob a liderança de José Eduardo dos Santos.
É verdade que os homens não são perfeitos, porque, como tinha afirmado o Chefe de Estado, “só não erra quem não trabalha”.
Em todo o caso, a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos tem aspectos muito positivos e exemplares para o continente.
Alguém escreveu há dias, nas páginas deste jornal: “Temos de convir que a projecção de Angola no contexto das nações se deve, em parte, à influente diplomacia adoptada com habilidade para defender os interesses nacionais num quadro muita das vezes adverso às nossas pretensões, e sobretudo, à perspicácia e ao estilo de liderança do Presidente José Eduardo dos Santos. Acrescentolhe o mérito pela instauração do sistema democrático, o alcance da paz, a reconciliação e a reconstrução à escala nacional.”
O autor referia-se claramente à trajectória e percurso brilhante do Presidente José Eduardo dos Santos. Na verdade, a história da liderança do Presidente José Eduardo dos Santos confunde-se com as conquistas passadas e recentes do povo angolano. Para terminar, gostava de desejar que todo esse percurso fosse devidamente documentado para que as gerações futuras partilhem e se familiarizem com estas informações.
Dia da Saúde
Sou enfermeiro há mais de 30 anos e a celebração de uma data que tenha a ver com a minha ocupação profissional é sempre motivo de satisfação. Comemorou-se no dia 7 o Dia Mundial da Saúde, uma data que nos lembra a todos um bem insubstituível e sem o qual pouco ou nada se faz.
A data não passou despercebida no país na medida em que as autoridades ligadas ao sector da Saúde celebraram da melhor maneira possível a efeméride.
Julgo que o sector da Saúde está em permanente reforma, expansão e melhoria a todos os níveis. A estratégia de municipalização dos seus serviços surtiu os efeitos que todos desejávamos.
Acredito que nesta fase se possam fazer alguns ajustes para que o ensaio feito há anos resulte numa maior aproximação entre os cidadãos e os centros sanitários.
Espero que as instituições continuem a valorizar os quadros da Saúde e que estes saibam igualmente corresponder às expectativas das instituições.
É preciso por exemplo cuidar da formação permanente dos quadros da Saúde, no país e no exterior. Uma boa assistência aos doentes passa pela formação dos quadros da Saúde.