Acordo sobre sanções falha
O grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo (G7) não conseguiu ontem chegar a acordo sobre a aplicação de novas sanções económicas a Moscovo, por apoio ao Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad.
Os membros do G7 concordaram no adiamento da aplicação de novas sanções, até que surjam “evidências irrefutáveis” sobre um alegado ataque químico, cuja responsabilidade é atribuída pelo Ocidente às autoridades de Damasco.
A proposta de sanções, colocada em cima da mesa por Boris Johnson, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, incluía a penalização financeira de altas figuras militares da Rússia e Síria.
Angelino Alfano, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, confirmou a ausência de um consenso em matéria de sanções ao afirmar que qualquer acção que pudesse penalizar ou isolar ainda mais a Rússia “seria errada”.
Entretanto, o grupo de líderes do G7 concordou que o afastamento do Presidente sírio é um ponto essencial para que seja encontrada uma solução do conflito. Citado pela agência Ansa, Alfano sublinhou que a intervenção dos Estados Unidos na semana passada à base aérea de Shayrat, a primeira intervenção directa de Washington em território sírio desde o inicio da guerra civil, em 2011, potenciou uma nova “janela de oportunidade para construir novas condições positivas para o processo político na Síria”. A intervenção ordenada durante a madrugada de sexta-feira pela Administração Trump surgiu em resposta ao ataque químico na província de Idlib, atribuído pelo G7 ao Governo do Presidente Bashar al-Assad, e que fez mais de 80 mortos. O encontro do G7 que decorreu entre segunda e terça-feira em Lucca, na região italiana da Toscânia, previa determinar uma posição conjunta das potências ocidentais antes da viagem do chefe da diplomacia de Donald Trump, Rex Tillerson, à capital russa, realizada ontem.