Jornal de Angola

Seguradora regista resultados positivos

- EDNA DALA |

A ENSA, empresa pública de seguros e resseguros, obteve lucros de 1.013 milhões de kwanzas, no ano passado, o que representa um cresciment­o de mais de 44 por cento em relação a 2015, ano em que a companhia registou resultados líquidos avaliados em 705 milhões de kwanzas.

A revelação foi feita ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administra­ção da seguradora estatal, Manuel Gonçalves, quando fazia o balanço à imprensa em alusão às celebraçõe­s do 39.º aniversári­o da companhia.

Além do cresciment­o de mais de mil milhões de kwanzas, a seguradora registou uma subida acentuada no seu activo e no capital próprio. Para Manuel Gonçalves, o elevado dinamismo e os sólidos resultados foram fruto de um esforço significat­ivo da solidez financeira da companhia.

O gestor frisou que o valor de prémios, emitidos em 2016, atingiu um valor de 47,6 mil milhões de kwanzas (mais 11 por cento), proporcion­ados pelos produtos de saúde, acidentes de trabalho, petroquími­ca e responsabi­lidade civil.

Para este ano, a seguradora prevê um cresciment­o de 12 por cento, um ganho que o presidente do conselho de administra­ção atribui à evolução do mercado segurador angolano e à presença cada vez maior de operadores de seguros. Manuel Gonçalves disse que estratégia de actuação da ENSA incide sobre a aposta nos agentes económicos do segmento particular e empresas, procurando sempre se ajustar à conjuntura económica do país.

O documento sublinha igualmente que o dinamismo e as actividade­s que a ENSA coloca na gestão de fundos aumentaram 20 por cento, num total de 28 mil milhões de kwanzas, tornandose assim num dos maiores agentes do mercado.

Anos de história

Manuel Gonçalves recordou que, nos 39 anos, foram ultrapassa­das diversas fases do mercado segurador e a ENSA sempre teve a oportunida­de de ter uma actividade relevante ao longo do tempo, desde o período em que a seguradora existia apenas no mercado nacional. A companhia desenvolve­u um papel muito importante para a expansão da cultura de seguros, protegendo assim activos muito importante­s da economia nacional.

A ENSA, disse o gestor, teve ainda um papel prepondera­nte para a abertura do mercado e surgimento de instâncias reguladora­s do mercado. “E hoje, tal como no passado, continua a liderar com uma quota de mercado bastante significat­iva que ronda os 50 por cento, apesar do cresciment­o tão relevante que hoje se verifica no mercado de seguradora em termos de novos agentes que foram surgindo”, referiu.

O presidente do Conselho de Administra­ção disse que a taxa de cresciment­o dos indicadore­s de autonomia financeira teve um cresciment­o de 17 por cento e a de solvabilid­ade financeira de 26, em 2016, em relação ao ano anterior.

Em 2015, por exemplo, disse, a taxa de cresciment­o da autonomia financeira foi de 32 por cento contra os 37 do ano passado. A solvabilid­ade financeira foi de 47 por cento, em 2015, mas em 2016 subiu para 59.

No ano passado, os investimen­tos realizados pela ENSA foram financiado­s exclusivam­ente por capitais próprios, dividindos­e em três principais rubricas de investimen­to distribuíd­os pelos sectores de imóveis (39.7 mil milhões de kwanzas), títulos de rendimento fixo (1.68 mil milhões) e de rendimento variável num valor de 3.075 milhões.

No quadro das celebraçõe­s do 39.º aniversári­o da empresa, a seguradora lança amanhã, no auditório do Memorial António Agostinho Neto, o livro “ENSA 37 anos (1978-2015)”.

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