Polacos na agro-indústria
Um grupo de empresários da Polónia pretende investir, a partir deste ano, 100 milhões de dólares na área da agricultura e na produção de compotas, no Pólo de Desenvolvimento Industrial do Lubango, da província da Huíla, anunciou a ministra da Indústria, Bernarda Martins.
Em busca de novos investimentos, o grupo de polacos manteve ontem um encontro de negócios com a ministra Bernarda Martins, com quem, além da apresentação das saudações formais, foi possível ver, em vídeo, as actuais condições do Pólo Industrial do Lubango.
Bernarda Martins disse no final que a reunião permitiu analisar a possibilidade de os empresários polacos instalarem-se no país, para trabalharem na agro-indústria e na transformação de alguns bens do campo. “Atendendo às condições climáticas da cidade do Lubango, decidimos escolher a mesma, para que grupos de industriais possam investir sem grandes constrangimentos”, realçou a ministra.
Bernarda Martins salientou que, no âmbito da linha de crédito existente entre os dois países, se pretende propor a ocupação de 50 hectares, onde podem ser instaladas as primeiras indústrias agrícolas e de produção de compotas. Para a ministra, a Polónia pretende associarse a empresários nacionais, para a promoção dos seus negócios, e é nesse campo que os dois países vão continuar a negociar.
Quanto ao financiamento e à forma de processamento, o grupo de empresários deve concluir os demais pormenores junto do Ministério das Finanças. O vice-governador da Grande Polónia, Leszek Wojtasiak, que liderou o grupo de empresários, disse que a intenção do seu país é aproveitar as condições existentes no Lubango, para ajudar Angola a diversificar a sua economia. “Pensamos trazer grandes máquinas agro-industriais, para a transformação de excedentes do campo e de outras frutas.” Leszek Wojtasiak salientou que a região da Grande Polónia possui um fundo próprio de investimento, que deve ser utilizado à medida que forem desenvolvidos os projectos no Pólo Industrial do Lubango, “porque é nossa intenção ajudar Angola a ter uma produção não só em quantidade, mas também na qualidade, acima de tudo.”