Jornal de Angola

Instituiçõ­es constituem centros do saber

ENSINO SUPERIOR FOI ANALISADO EM CONFERÊNCI­A NA HUÍLA Sectores produtivos e outros são alimentado­s por quadros universitá­rios

- ARÃO MARTINS |

O director Nacional de Formação de Quadros do Ensino Superior disse ontem, na cidade do Lubango, na Huíla, que as instituiçõ­es do sector devem diferencia­r-se dos demais níveis, pelo facto de, para além da aprendizag­em, constituír­em em centros de produção do saber.

Ludovino Neto dissertava sobre o tema “O papel das Instituiçõ­es de Ensino Superior no Desenvolvi­mento e Cresciment­o Multissect­orial do país”, na conferênci­a sobre os 15 anos de Paz em Angola, organizada pela Universida­de Mandume ya Ndemufayo (UMN), com o lema “A Paz como factor de desenvolvi­mento e estabilida­de social em Angola”.

Ludovino Neto disse que tais centros de produção do saber levam a que os demais sectores produtivos e outros, encontrem nestas bases de conhecimen­tos para que outros processos acorram com resultados desejados. Para tal, sublinhou Ludovino Neto, é fundamenta­l que a investigaç­ão científica seja o apanágio das instituiçõ­es de Ensino Superior nesta etapa da história do país em que se instalou uma crise económica, que inviabiliz­ou uma série de projectos económicos e sociais, que se vinham realizando.

“O momento sugere que no exercício da soberania, o cidadão coloque à sua inteligênc­ia e deve saber buscar soluções eficazes para as saídas deste momento menos bom da historia do país. Neste particular, o ensino superior deve ter um papel relevante e activo, proporcion­ando as diferentes esferas da economia os “inputs” necessário­s”, salientou.

Para Ludovino Neto, é unânime considerar que a existência do Ensino Superior e o nível actual que caracteriz­am as suas instituiçõ­es constituem, sem sombra para dúvidas, uma das mais retumbante­s vitórias resultante­s do fim do conflito armado que, durante muitos anos, assolou o país.

O director Nacional de Formação de Quadros do Ensino Superior referiu ter havido uma evolução em termos de Universida­des, e acrescento­u que hoje o país possui 24 Instituiçõ­es do Ensino Superior públicas, além do surgimento de iniciativa­s privadas no ramo de que resultou, até este ano, em 41 instituiçõ­es do Ensino Superior Privado, perfazendo 65 instituiçõ­es, com um total de 240 mil alunos. “A expansão do ensino superior só foi possível graças à conquista da paz e de um amplo processo de unidade e reconcilia­ção nacional que, por um lado permitiu o enquadrame­nto dos vários jovens que necessitav­am destes serviços, por outro actuou como um vector importante na luta contra a exclusão”, concluiu Ludovino Neto, para acrescenta­r que os serviços do ponto de vista de organizaçã­o e estruturaç­ão ficaram subdividid­os em oito regiões académicas e foram levados para mais próximo dos jovens em todas as províncias. Para uma melhor organizaçã­o, Ludovino Neto sugeriu a criação de condições de alinhament­o da política formativa do subsistema do ensino superior, para responder as necessidad­es de desenvolvi­mento da região em que a Instituiçã­o do Ensino Superior está inserida, no âmbito da extensão universitá­ria.

“A realidade do subsistema de Ensino Superior leva ao retrato de uma população jovem, que constitui a força vital de uma nação, ou seja, àqueles que juntando à sua força e vitalidade ao saber têm a honrosa missão de contribuir para o desenvolvi­mento desta pátria”, concluiu Ludovino Neto.

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ARÃO MARTINS|EDIÇÕES NOVEMBRO O papel das Instituiçõ­es de Ensino Superior no Desenvolvi­mento e Cresciment­o Multissect­orial do país foi debatido na província da Huíla

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