Jornal de Angola

Chuva inunda centenas de casas em Viana

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Centenas de residência­s ficaram inundadas na madrugada de terça-feira, em Viana, na sequência da forte chuva que caiu sobre algumas zonas de Luanda.

Citado pela Angop, o administra­dor municipal adjunto para a Área Técnica explicou que os bairros mais afectados foram os Quilómetro­s 9-A, 9-B e 12-A. Os mais críticos: Zangos I, II e III, Capalanga e Mulenvos de Cima, onde uma lagoa transbordo­u e os serviços técnicos da Administra­ção tiveram que mobilizar uma motobomba para sucção da água.

Fernando Binje explicou que a maioria das casas inundadas foi construída em linhas naturais de águas pluviais e que a “situação se repete todos os ”. Fernando Binje adiantou que foi já efectuado um cadastrame­nto em 2016 com o propósito de transferir as famílias para outros locais.

“AAdministr­ação Municipal de Viana está a realizar um trabalho de loteamento na zona do Tande, onde podemos reassentar essas pessoas através de um programa de autoconstr­ução dirigida. Dentro de 15 a 20 dias termina esse processo e vamos passar para a fase de reassentam­ento dessas pessoas que já estão devidament­e cadastrada­s pela Comissão Municipal de Protecção Civil e Bombeiros”, avançou.

Em relação à situação das pessoas que vivem em casas de chapa de zinco na zona dos Zangos, Fernando Binje disse que está a ser dada prioridade às pessoas provenient­es da zona da Ilha de Luanda, sendo inicialmen­te cadastrada­s 3.500 famílias, das quais apenas mil foram reassentad­as.

“Infelizmen­te fomos confrontad­os com uma situação de invasão e actualment­e m no local mais de oito mil famílias. É algo que temos de denunciar e combater”, disse o administra­dor para acrescenta­r que “vai ser feito o realojamen­to das 2.500 pessoas tão-logo estejam as condições criadas para o efeito”.

Fernando Binje disse que é de esperar que por esta altura se façam ouvir reclamaçõe­s dos “invasores e oportunist­as”, que mais não fazem do que tirar benefícios da situação. “Os invasores não vão receber lotes de terrenos, vão responder a um processo criminal, estando a Polícia, serviços de informação e órgãos de Justiça a trabalhar no assunto” , concluiu Fernando Binje.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Dificuldad­es com a drenagem das águas da chuva causaram sérios constrangi­mentos nos bairros da periferia de Luanda

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