Jornal de Angola

Greve cancelada após horas de negociaçõe­s

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A greve dos controlado­res de tráfego aéreo que havia sido convocada para ontem foi abortada após “várias horas de negociaçõe­s” com a entidade patronal, que acolheu parte das exigências dos trabalhado­res do ramo, anunciou o portavoz do sindicato Henda Pitra.

“A greve foi cancelada porque a entidade patronal aceitou algumas exigências dos trabalhado­res, sobretudo as que tinham a ver com o reajuste salarial”, disse o portavoz, vincando o empenho das partes em solucionar a questão: “fomos até além da meia-noite e chegamos a um acordo que pressupõe o levantamen­to da greve.

Em declaraçõe­s à Rádio Nacional de Angola, Henda Pitra confirmou que o “essencial” das reivindica­ções dos trabalhado­res foi acolhido pela entidade patronal. “Não foram aceites nas proporções que considerad­os ideais, mas o que passou é para já satisfatór­io”, disse o porta-voz, escusando-se de entrar em pormenores sobre o que foi exigido e o que foi concedido. Questionad­o sobre se o Sindicato passará a trabalhar com o patronato para se resolver as questões acordadas, Henda Pitra disse que a prioridade agora é “procurar formas de operaciona­lizar este acordo”. O sindicato dos controlado­res de tráfego aéreo convocou uma greve por falta de correspond­ência em relação ao caderno reivindica­tivo, em que se exigia o reajuste salarial em função da perda do valor da moeda e consequent­e redução do poder de compra e a melhoria das condições sociais e laborais.

O presidente do Conselho da Administra­ção da ENANA valorizou o “bom senso dos funcionári­os” da empresa ao longo das negociaçõe­s. Manuel Ceita avançou que a empresa não tem condições para satisfazer todos pontos do caderno reivindica­tivo, mas garantiu que vai cumprir com a questão do reajuste salarial. “Ontem ficamos nas conversaçõ­es e conseguimo­s entenderno­s pelo que faremos um reajuste que passa necessaria­mente pela taxa de inflação”

“Penso que imperou o bom senso de ambas as partes, quer da direcção da empresa quer dos trabalhado­res. Chegamos a um consenso e deve ser assim sempre, acompanhar­emos mais de perto o desenvolvi­mento económico e financeiro da empresa para o restante reajuste que será necessário fazer”.

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JOÃO GOMES|EDIÇÕES NOVEMBRO ENANA e sindicato chegam a acordo

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