Lobito apresenta plano de prevenção
As autoridades sanitárias do Lobito, em parceria com a Administração Municipal, dispõem de um plano de intervenção para controlo dos casos de cólera, embora aquela região de Benguela não tenha registado qualquer caso suspeito da doença.
O chefe da Repartição Municipal da Saúde, Zeferino Joaquim, referiu ontem que o objectivo é garantir o aumento do conhecimento da população sobre as principais normas de prevenção da cólera e do paludismo, causas da mortalidade por estas doenças, importância das higienes ambiental, colectiva e pessoal e da boa alimentação, especialmente em crianças, mulheres grávidas e idosos.
De acordo com o plano, vão ser realizadas palestras, fumigação, tratamento antilarval, trabalhos de saneamento básico, limpeza das valas de drenagem e visitas de inquérito aos pacientes internados nas unidades hospitalares.
Quanto à água potável nas localidades onde a população ainda consome água não tratada, com destaque para a povoação da Cahenda (Canjala), Culango e Chimbambo, Zeferino Joaquim disse que têm sido distribuídos medicamentos para o tratamento do produto.
Plano de intervenção
O chefe de repartição afirmou que, com a criação de inspectores no sector, os técnicos com má conduta vão ser advertidos e, caso sejam remitentes no cometimento de actos indecorosos correm o risco de expulsão do ramo. “O plano de intervenção abrange outros actores sociais como os líderes religiosos, autoridades tradicionais, responsáveis de mercados, além dos técnicos da Saúde.” A administradora municipal adjunta do Lobito, Maria Kalesso, frisou que a região, pelas suas características físicas, climáticas e morfológicas, é propensa a algumas ameaças na época do calor e chuva como relacionada com inundações e doenças, com incidência para a malária e cólera.
Maria Kalesso salientou a necessidade de se investir na medicina preventiva, por ser menos onerosa, que na curativa.
“Neste prisma, o responsável disse que as igrejas desempenham um papel preponderante, uma vez que as homílias dos pastores têm grande efeito sobre os seus fiéis, eles podem passar mensagem sobre os cuidados a ter para a prevenção da cólera e do paludismo.” O director municipal da Energia e Águas do Lobito, Antero Miguel, anunciou que, nos próximos meses, os bairros da zona alta, que ainda enfrentam dificuldades no fornecimento de água, vão ter um produto de qualidade.
Água de boa qualidade
Trata-se dos bairros Alto Esperança, Boavista, Vista Baixa e Elavoko, que além da água de boa qualidade, vão registar um abastecimento com fluidez.
Antero Miguel informou que, para as comunas do interior como Canjala e Colango, está em curso a instalação de sistemas de água potável que, nos próximos tempos, passam a funcionar com normalidade.