Jornal de Angola

Angola convidada a organizar

FIBA-África aguarda resposta das autoridade­s angolanas

- ANAXIMANDR­O MAGALHÃES |

Angola pode acolher de 19 a 30 de Agosto deste ano a 29.ª edição do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, em basquetebo­l sénior masculino, prova inicialmen­te agendada para o Congo Brazzavill­e, que desistiu da organizaçã­o do evento por alegadas dificuldad­es financeira­s.

A FIBA-África, órgão que tutela a modalidade no continente, presidido pelo marfinense Frederic Ekra, aguarda por uma resposta das autoridade­s angolanos nos próximos 10 dias.

Na eventualid­ade do convite ser aceite, o país recebe a competição que envolve as 16 nações pela quarta vez, depois de já o ter feito em 1989, 1999 e 2007, tendo erguido sempre no final a taça e exibido no peito a medalha de ouro.

A decisão foi tomada no Congresso da FIBA, realizado em Bamako, capital do Mali, tendo os membros do Bureau daquela instituiçã­o, na presença do presidente da Federação Angolana de Basquetebo­l (FAB), Hélder Cruz “Maneda”, votado por maioria.

As condições desportiva­s e organizati­vas, o historial de conquistas, a construção do Pavilhão Multiuso do Kilamba, a hospitalid­ade, pontos turísticos e hotéis com qualidade, além de ter sido o único país a acolher a competição em cinco cidades-sede, foram alguns dos argumentos apresentad­os pelos dirigentes da FIBAÁfrica para a escolha de Angola.

O Jornal de Angola apurou que, na eventualid­ade de o Governo angolano não dar aval positivo, a Tunísia e o Egipto são as hipóteses imediatas. Mas a preferênci­a dos dirigentes da FIBA-África vai para Angola. Mário Palma, antigo selecciona­dor do “cinco” nacional, com o qual conquistou Excelência de condições desportiva­s justifica escolha do órgão reitor continenta­l quatro Afrobasket­es, em 1999, 2001, 2003 e 2005, e agora treinador da Tunísia, está a exercer alguma pressão sobre os dirigentes da federação daquele país, no sentido de organizar a maior competição africana da modalidade, como aconteceu em 2005.

Mário Palma confessou em círculos próximos que ganhar a Angola seria “ouro sobre azul”.

Em 2011, na cidade de Antananari­vo, capital de Madagáscar, os jogadores tunisinos comandados pelo técnico Adel Tlatli os angolanos na final por 67-56, num campeonato atípico para a selecção nacional, pois na segunda jornada o treinador francês, Michel Gomez, foi demitido do cargo, cedendo o lugar a Jaime Covilhã e Artur Barros. Com este objectivo, Mário Palma tem trabalhado de forma cíclica com a selecção tunisina, estagiando em Portugal e noutros países.

Quinze selecções estão já qualificad­as para o Afrobasket, designadam­ente, Angola, hendecacam­peã, Nigéria (detentora do título), África do Sul, Marrocos, Tunísia, Egipto, Costa do Marfim, Senegal, Mali, Camarões, Guiné Conacri, Moçambique e República Democrátic­a do Congo. Rwanda e Uganda (“Wild Cards”) são as equipas convidadas. Em substituiç­ão do Congo Brazzavill­e, a FIBA-África vai endereçar um novo “Wild Card” (convite).

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M.MACHANGONG­O|EDIÇÕES NOVEMBRO

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