Jornal de Angola

Procurador quer divulgação dos regulament­os militares

- FERNANDO NETO | Mbanza Kongo

O procurador militar do Zaire, tenente-coronel Antero Brandão, defendeu em Mbanza Kongo, maior divulgação das regras de disciplina militar e do regulament­o interno das empresas públicas e privadas sedeadas na região.

O magistrado­r militar, que discursou por ocasião do 41º aniversári­o da criação do SME, assinalado na quarta-feira, realçou a importânci­a do diploma e defende que a sua divulgação pode ter grande influência na educação jurídica da sociedade.

Durante a palestra sob o tema “Disciplina militar no seio dos órgãos de Segurança e Ordem Pública”, o prelector destacou o respeito às pessoas a todos os níveis de hierarquia, igual ou inferior, como modelo que deve regular o comportame­nto interpesso­al.

“Ainda existem responsáve­is que tratam os colegas de qualquer maneira, algumas vezes evidencian­do humilhaçõe­s que agridem o carácter do indivíduo”, explicou o procurador para uma plateia de centenas de participan­tes.

O oficial da justiça militar falou da redução significat­iva dos crimes militares na região, fruto das campanhas de sensibiliz­ação realizadas nas unidades, chamando a atenção dos seus colegas sobre a incidência de casos de fuga à paternidad­e e violência doméstica imputados a membros da corporação militar. “A nossa realidade mostra alguma melhoria, fruto do trabalho de educação jurídica e prevenção criminal que temos vindo a efectuar nas principais unidades militares, especifica­mente na 42ª brigada destacada no Mpala e na 52ª na sede do município do Cuimba”, sublinhou.

Parte da intervençã­o do tenente-coronel Antero Brandão consistiu no aconselham­ento aos efectivos com base não apenas no regulament­o militar e da Polícia Nacional, como também a nível dos funcionári­os públicos que devem observar os preceitos da pontualida­de nos postos de trabalho, evitando as ausências injustific­adas, assim como o uso de roupas socialment­e repudiadas.

“Um militar, enquanto estiver de serviço, está proibido de utilizar adornos como mascotes e evitar o extravio de bens militares como armas e viaturas, muito menos receber alguma gratificaç­ão pelo cumpriment­o do seu dever laboral ou serviço prestado”, explicou Antero Brandão.

Para aquele responsáve­l, um erro comportame­ntal por parte de um funcionári­o público coloca em causa o bom nome da instituiçã­o onde trabalha. “As pessoas dizem olha o que o Polícia está a fazer, ninguém diz o nome do agente”, lembrou o procurador militar do Zaire.

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