Jornal de Angola

Narcotrafi­cantes desistem do crime

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Pelo menos 1,2 milhões de toxicodepe­ndentes e traficante­s de droga entregaram-se às autoridade­s em dez meses da “guerra antidroga” iniciada pelo Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, informou ontem a Polícia filipina.

A polémica campanha contra o narcotráfi­co lançada por Rodrigo Duterte já causou milhares de mortos, com as organizaçõ­es nãogoverna­mentais (ONG) pró-direitos cívicos e direitos humanos a afirmarem que a Polícia filipina executa consumidor­es e passadores de droga, bem como elementos das suas famílias.

O director de operações da Polícia Nacional (PNP), Camilo Cascolan, disse que 1.266.966 pessoas se entregaram e foram enviadas para prisões ou centros de reabilitaç­ão. O responsáve­l falava no fórum “Números Reais”, em Quezón, no qual as autoridade­s pretendem dar uma nova imagem da campanha contra a droga, que tem recebido muitas críticas a nível internacio­nal.

Vários especialis­tas dos organismos policiais filipinos defenderam a campanha, revelando dados que mostram um elevado número de detenções e uma forte redução do crime. Segundo a Polícia filipina, desde finais de Junho de 2016 - quando começou a campanha - foram detidos 64.917 suspeitos de crimes relacionad­os com droga, no decorrer de 53.503 operações policiais.

O Governo dos Estados Unidos emitiu na segunda-feira um alerta para avisar os seus cidadãos que pretendem viajar ou estão na Europa para o risco de ataques terrorista­s em todo o continente, ao considerar que o grupo Estado Islâmico (EI) demonstrou “capacidade” de cometer atentados em vários países.

“Os recentes incidentes em França, Rússia, Suécia e Reino Unido demonstram que o Estado Islâmico, a Al Qaeda e suas filiais têm capacidade de planear e executar ataques terrorista­s na Europa. Embora os governos locais mantenham as suas operações antiterror­istas, este Departamen­to continua preocupado com futuros ataques terrorista­s em potencial”, indica o alerta de viagem divulgado pelo Departamen­to de Estado dos Estados Unidos.

A medida, que fica em vigor até 1 de Setembro deste ano, é a mais recente de uma série de advertênci­as a respeito do risco de viajar à Europa que a Administra­ção norte-americana começou a enviar aos seus cidadãos a partir dos atentados ocorridos em Paris, em Novembro de 2015, e em Bruxelas, em Março de 2016.

A nova advertênci­a diminui o tom do último alerta de viagem, publicado em Novembro do ano passado, que advertia do risco “acentuado” de atentados na Europa na quadra festiva de fim de ano (Natal e dia de Ano Novo). A actual notificaçã­o, elaborada após o ataque de Londres em Março, e os de Estocolmo e Paris em Abril, aponta simplesmen­te o facto de que o risco de atentados no continente “continua” e pede aos americanos em solo europeu que se mantenham atentos.

“Os cidadãos americanos deviam estar alerta sempre, dada a possibilid­ade de que simpatizan­tes de terrorista­s ou extremista­s auto radicaliza­dos possam fazer ataques sem prévio aviso.

Os extremista­s continuam a tendo como foco lugares turísticos, transporte­s, centros comerciais e mercados, e instalaçõe­s governamen­tais. Além disso, hotéis, clubes, restaurant­es, lugares de culto, parques, instituiçõ­es de ensino e aeroportos permanecem como locais para possíveis ataques”, aponta o texto. O Departamen­to de Estado pede que os cidadãos fiquem atentos aos informes dos consulados e lembra que os terrorista­s podem usar “várias tácticas, incluindo armas de fogo, explosivos, veículos e armas brancas que são difíceis de detectar antes de um ataque”.

Os Estados Unidos da América prometem continuar a “compartilh­ar a informação” com os parceiros europeus para ajudar a “desmantela­r planos terrorista­s, identifica­r e tomar medidas contra possíveis criminosos” e “fortalecer as defesas contra possíveis ameaças”, conclui a nota.

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JACQUES DEMARTHON | AFP Departamen­to de Estado dos EUA teme acções de rebeldes no território europeu

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