Ataque a tiro contra polícias
Pelo menos, três polícias egípcios foram mortos e cinco ficaram feridos após um ataque a tiros contra uma viatura no Cairo (Egipto), ocorrido na noite de segunda-feira, de acordo com informações divulgadas ontem pelo Ministério do Interior.
Os agressores, que estavam em dois veículos, abriram fogo contra uma patrulha perto da praça Mohamed Zaki, num cruzamento no distrito de Ciudad Nasr, segundo um comunicado oficial. Os mortos foram identificados como o oficial Mohamed Adel Wahba al Sayed, o oficial Ayman Hatem Abdel Hamid Refaat e o agente Shaaban Mohamed Abdel Hamid.
Os cinco feridos foram levados para hospitais próximos, onde estão a ser atendidos. A autoria do ataque ainda não foi reivindicada por nenhum grupo.
No dia 26 de Abril, um sargento da Polícia foi morto num tiroteio no Cairo, na zona de Faisal, a sudoeste da capital.
Os ataques contra as forças de segurança, realizados na sua maioria por grupos rebeldes, aumentaram no Egipto desde o golpe militar de Julho de 2013, que derrubou o então Presidente Mohammed Mursi.
Este ataque ocorre dias depois de o Presidente egípcio, Abdel Fatah al Sissi, defender que os EUA devem “ter um papel activo” no processo de paz entre israelitas e palestinianos num encontro com o Presidente palestiniano, que é esperado hoje em Washington.
O Chefe de Estado egípcio recebeu, no Cairo, Mahmud Abbas, que hoje reúne com o Presidente norte-americano, Donald Trump, para conversações sobre o relançamento do processo de paz no Médio Oriente.
No encontro, Abdel Fatah al Sissi sublinhou “a importância de ver os EUA com um papel activo nos esforços para um recomeço das negociações” entre palestinianos e israelitas, refere um comunicado divulgado no Cairo, no qual é defendida “a necessidade de intensificar os esforços para se conseguir resolver a questão palestiniana.”
Numa conversa telefónica com Trump, em Março, Mahmmoud Abbas falou explicitamente numa solução com dois Estados (Israel e Palestina).
Em Fevereiro, quando recebeu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o Presidente Donald Trump disse que os EUA já não se comprometiam com esta solução, rompendo com um princípio orientador da diplomacia norte-americana seguido desde 2001.
Os palestinianos reclamam um Estado independente, tendo por capital Jerusalém Oriental.