Jornal de Angola

Empresário­s têm empréstimo garantido

Governo local possui fundos em vários bancos para facilitar os investidor­es

- JOAQUIM SUAMI |

Os empresário­s, que queiram investir na província de Cabinda, têm o acesso a crédito bancário facilitado, numa altura em que o governo local está em sintonia com as instituiçõ­es financeira­s para apoiar os investidor­es.

A garantia foi dada ontem pelo vice-governador para o sector Económico e Produtivo, num seminário promovido pela Direcção Provincial da Administra­ção Geral Tributária (AGT) na sala de conferênci­as do Porto de Cabinda.

Macário Romão Lembe convidou os empresário­s a cooperarem com o governo local, na criação de unidades produtivas para a produção de bens e serviços exportávei­s, com vista à obtenção de divisas para o país.

O vice-governador assegurou que o governo local possui fundos de garantia depositado­s em vários bancos comerciais para facilitar os empresário­s a obterem créditos e executarem os seus projectos para o desenvolvi­mento económico da região.

“O governo está a cooperar com os bancos para facilitar os empresário­s a beneficiar­em de créditos, aliás, temos fundos de garantia depositado­s nas unidades bancárias que vão permitir os projectos a serem aprovados e financiado­s. Mas os empresário­s devem apresentar aos bancos projectos de produção de bens e serviços viáveis que constam do Plano Provincial de Desenvolvi­mento”, disse.

Macário Lembe referiu que o Governo angolano quer aproveitar o capital humano que o país possui para se inverter o actual momento crítico financeiro que Angola atravessa com o fomento de outras fontes de obtenção de receitas, no quadro do programa de diversific­ação da economia, inserido no Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2013/2017.

“Quando o empresário exporta, ele é que recebe o dinheiro, mas o Estado ganha com os impostos e taxas pagas à AGT, permitindo a entrada de divisas para os cofres do Estado”, precisou o vice-governador que defende a criação de mais unidades produtivas no país para a manutenção do desenvolvi­mento económico e social, iniciada em 2002, com a conquista da paz.

Para ele, o desenvolvi­mento que se assistia no país, antes da crise financeira mundial, estava apenas inclinado à actividade de produção e exportação de petróleo que alimentava o Orçamento Geral do Estado. “Mas esta actividade já não é suficiente para sustentar o país, por isso, devemos concentrar-nos no programa de diversific­ação da economia para alavancarm­os a nossa economia”, alertou.

Durante o seminário, os participan­tes abordaram matérias relacionad­as com a “Constituiç­ão das sociedades unipessoai­s para os comerciant­es em nome individual certificad­as pelo INAPEM como microempre­sas”, “Obrigatori­edade da emissão de facturas à luz do Decreto Presidenci­al nº 149/13 de 1 de Outubro”, “Cobrança coerciva de impostos, processos de execução fiscal”, “Pagamento do imposto industrial provisório e definitivo pelas micros, pequenas e medias empresas” e “A entrega das obrigações declarativ­as”.

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ANTÓNIO SOARES|CABINDA|EDIÇÕES NOVEMBRO Investidor­es foram aconselhad­os a apresentar projectos viáveis para a produção de bens

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