Jornal de Angola

Remoção do avião começou ontem

AEROPORTO COMANDANTE NDOZI

- JAQUELINO FIGUEIREDO |

A reabertura do tráfego aéreo no aeroporto Comandante Ndozi, município do Soyo, província do Zaire, está condiciona­da à conclusão da operação de remoção do avião da Transporta­dora Aérea Angolana, que obstrui, desde domingo, a pista na sequência do acidente de domingo último.

A operação de remoção começou ontem, 48 horas depois de ter ocorrido o acidente com um Boeing 737-770 da TAAG, provenient­e de Luanda, que registou uma avaria técnica quando se preparava para estacionar no aeroporto Comandante Ndozi.

Os trabalhos de remoção do avião de grande porte estão a ser realizados por técnicos da TAAG, do Instituto Nacional de Aviação Civil (Inavic) e do Gabinete de Prevenção de Acidentes Aeronáutic­os e até ontem não havia previsão para a sua conclusão.

O encerramen­to temporário do aeroporto devido à presença do avião na pista, cuja operação de remoção é considerad­a complexa, está a causar grandes constrangi­mentos aos passageiro­s e outros utentes dos serviços da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA). Os passageiro­s com viagens marcadas para diferentes pontos do país, sobretudo para Cabinda e Luanda, alegam que o encerramen­to do aeroporto Comandante Ndozi compromete as suas agendas pessoais e profission­ais. O passageiro Ambrósio Pedro, especialis­ta em recursos humanos, chegou ao Soyo no dia anterior ao acidente, para uma visita familiar, estando já com os nervos à flor da pele porque já deveria estar em Luanda, onde trabalha.

O passageiro pensou em utilizar a via terrestre, mas mudou de ideia devido ao mau estado da estrada. No entender de Ambrósio Pedro, para facilitar a vida dos passageiro­s retidos no Soyo, a ENANA, por ser a empresa gestora dos aeroportos, deveria permitir a aterragem de aviões de pequeno porte para atender à preocupaçã­o dos passageiro­s que já têm bilhetes de passagem, até à reabertura do aeroporto.

Passageiro­s agastados

A ENANA, de acordo com o passageiro, alega que mesmo com aviões ligeiros é sempre um risco. Ambrósio Pedro pediu celeridade na remoção do avião. Pedro Albuquerqu­e, também passageiro, manifestou-se muito agastado com o encerramen­to temporário do aeroporto, por estar a dificultar a vida das pessoas que têm compromiss­os noutras províncias e até no estrangeir­o. “Os constrangi­mentos são enormes para as pessoas que tinham compromiss­os, de negócios, profission­ais e familiares", acentuou o passageiro, mencionand­o haver passageiro­s que teriam em Luanda voos de ligação.

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JAQUELINO FIGUEIREDO|SOYO|EDIÇÕES NOVEMBRO A operação de remoção da aeronave da TAAG está a ser feita com celeridade para a reabertura ainda esta semana do aeroporto do Soyo

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