Troca da peça do mês marca comemorações
A troca da peça do mês, visitas guiadas, leituras de histórias e exibição de espectáculo de teatro marcaram na quinta-feira, no Lubango, as actividades programadas pelo Museu Regional da Huíla, numa parceria com a direcção provincial da Cultura, inserida nas comemorações do Dia Internacional dos Museus, que se assinalou na quinta-feira.
Em declarações à Angop, a técnica do departamento de património cultural, Henriqueta Fio, disse que, para o ano em curso, a nível do país, as comemorações da efeméride têm como lema “Memórias traumáticas e reconciliação”, tendo sido celebradas com entradas gratuitas em todos os museus nacionais.
A responsável referiu que “a troca da peça do mês”, uma actividade realizada mensalmente, é a “batedeira” (recipiente onde a comunidade rural transforma o leite fresco em azedo), substituída por um “celeiro” (vasilha de conservação do milho depois da colheita).
Henriqueta Fio salientou que actualmente a consciência das pessoas tem estado mais aberta em relação aos museus, pois já não vêem a estrutura como um local que guarda coisas velhas, mas uma instituição que leva informação e forma indivíduos sobre a cultura de determinada população.
O Museu Regional da Huíla é constituído por oito compartimentos, a sala de pastorícia e caça, instrumentos musicais, crenças e espiritualidade, adornos e vestuário, agricultura, “eumbo” (que representa o homem polígamo), cestaria e a sala de cabaças e olaria. A instituição, criada em 1957, tem como objectivo salvaguardar a identidade dos povos. De carácter etnográfico, representa o uso, costumes, crenças e tradições das quatro províncias da região sul do país, nomeadamente Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango.
Milhares de visitas
Mais de cinco mil turistas nacionais e estrangeiros realizaram, desde 2015 até à presente data, visitas guiadas ao Museu Regional da Huíla, localizado na cidade do Lubango, informou a responsável da instituição, Soraia Ferreira.
A responsável disse que os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer mais e melhor a história, vivências, hábitos e costumes dos ancestrais da região.O Museu Regional da Huíla, fundado em 1957, conta, actualmente, com um acervo de 300 peças etnográficas e mais de mil 526 artefactos recolhidos nas décadas de 50/60.