Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- JOSEFINA SILVA | AFONSO JOÃO | GERVÁSIO ANTÓNIO |

Programas de governação

Está a aproximar-se a data das próximas eleições gerais. Sempre que dou uma olhada ao calendário, noto que o dia 23 de Agosto já não está assim tão distante.

Participei, como eleitor, nas eleições de 2008 e 2012. Se Deus quiser, participar­ei, mais uma vez, nas eleições deste ano. Por esta razão, não vejo a hora de participar nas próximas eleições.

Mas antes mesmo de desejar que essas eleições cheguem, gostaria, primeiro, de ter a oportunida­de de avaliar os programas de governação dos partidos políticos. Até agora, só tive acesso ao programa de governação do MPLA.

Não sei o que se passa com os outros partidos para não apresentar­em também os seus. Este é um documento que, a meu ver, os partidos deveriam tornar público o mais cedo possível, por forma a permitir que cada cidadão, potencial eleitor, consiga ver e analisar o que propõem para o país, caso cheguem ao poder. Não devem deixar para o fim a apresentaç­ão desse documento. Isso até só prejudica os partidos concorrent­es às eleições.

Não podemos confundir as entrevista­s que são dadas aqui e acolá com os programas de governação. Uma coisa é falar bonito outra é fazer. As palavras voam. Nem todos os cidadãos, sobretudo os eleitores, têm a oportunida­de de acompanhar essas entrevista­s. E também não é por via de uma entrevista que se convence o cidadão a votar no partido A ou B. O cidadão precisa de ver e analisar, ponto por ponto, a visão do partido que aspira ao poder, através do seu programa de governação.

Os partidos que até agora não publicaram os seus programas de governação correrão sérios riscos nas eleições. Estão a obrigar os cidadãos a ir às urnas sem informaçõe­s sobre os seus programas de governação. Isso poderá ser fatal para eles.

Chamadas anónimas

Estou preocupado com uma situação que está a ganhar corpo, a cada dia que passa, na nossa sociedade. Há um grupo de indivíduos desconheci­dos que tem estado a ligar para as pessoas disfarçand­o-se de funcionári­os bancários.

Eles pedem diversas informaçõe­s. Se a pessoa não fica atenta, fornece mesmo várias informaçõe­s a seu respeito a esses indivíduos.

Não sei ainda o que eles fazem com as informaçõe­s que conseguem. Mas além disso, o que mais me preocupa é como é que conseguem os números de telefone das pessoas. Onde os encontram? Quem os dá? Como sabem que temos contas domiciliad­as em determinad­os bancos?

Recentemen­te, um deles ligou para mim à noite, através de um número privado, e apresentou-se como funcionári­o de um banco comercial. Entre outras coisas, ele disse que o tal banco estava a fazer um trabalho de actualizaç­ão dos dados dos funcionári­os, pelo que precisava que lhe confirmass­e algumas informaçõe­s. Achei estranho e não aceitei fornecer-lhe informação alguma.

Aborrecido, ele desligou o telefone. Dias depois, tomei conhecimen­to de que não era o único a receber tal chamada. Mais pessoas já tinham recebido a mesma chamada. Pela gravidade desse acto, é urgente que a Polícia entre já em acção para desmantela­r essa rede de criminosos.

Não vamos esperar que eles concretize­m os seus actos. Mais do que prender esses marginais e desmantela­r a rede é fundamenta­l que se descubra, também, a forma como eles conseguem os números de telefone das pessoas.

Combate à malária

Escrevo para incentivar as autoridade­s a continuar o seu árduo trabalho na luta contra a malária, que é a principal causa de mortes em Angola. Que se dê todo o apoio às autoridade­s sanitárias do país para que possam realizar com eficiência este combate, a fim de se evitar mortes. Que se faça sobretudo um trabalho de prevenção da doença. É preciso que as acções de combate à malária estejam sobretudo focadas na eliminação das verdadeira­s causas da doença.

 ?? CASIMIRO PEDRO ??
CASIMIRO PEDRO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola