Jornal de Angola

INVESTIMEN­TO HABITACION­AL EM MBANZA KONGO Uma centralida­de em construção

- JOÃO MAVINGA |

No prazo de 12 meses, a cidade de Mbanza Kongo, sede capital da província do Zaire, vai contar com uma centralida­de com 1.000 apartament­os. O projecto global da centralida­de, um dos mais modernos do país, está orçado no valor de 5,4 mil milhões de kwanzas. Cada edifício vai ter quatro pisos de tipologia T3 e ser construído na antiga pista da aviação municipal de Mbanza Kongo, no bairro 11 de Novembro.

Na primeira fase que começa agora, o projecto prevê a construção de 200 fogos habitacion­ais, tal como assegurou em Mbanza Kongo o presidente do Conselho de Administra­ção da Imogestin, Rui Cruz, durante o acto de consignaçã­o e o lançamento da primeira pedra do projecto, muito aclamado pela juventude da província.

Na sua recente deslocação à sede capital da província do Zaire, Mbanza Kongo, o candidato do MPLA às eleições de 23 de Agosto próximo, João Manuel Gonçalves Lourenço, garantiu durante o comício de massas que o Executivo já trabalha, arduamente, para que a cidade de Mbanza Kongo, seja adequada à dimensão valorativa da história do antigo reino do Kongo.

Citou alguns exemplos que espelham a vontade política do partido no poder de ver modificado o actual postal da cidade com o novo aeroporto, cujo projecto foi aprovado pelo Executivo, e sublinhou, com muito agrado, a grande central do ciclo combinado do Soyo, além de aferir outras acções estruturan­tes em curso no domínio da água, estradas, hospitais e escolas.

João Lourenço, no seu programa de visitas, vincou muita satisfação em relação ao processo de asfaltagem de oito quilómetro­s das vias urbanas do casco da cidade e “caso vença as eleições de 23 de Agosto, o seu Executivo inclinará especial atenção à província do Zaire, para que o desenvolvi­mento esperado, no domínio socioeconó­mico da região, seja inevitável.”

O presidente do Conselho de Administra­ção da Imogestin, Rui Cruz, que partilhou a cerimónia do lançamento da primeira pedra da centralida­de de Mbanza Kongo com o governador provincial do Zaire, Joanes André, foi peremptóri­o em dizer que o projecto global dos mil apartament­os da centralida­de de Mbanza Kongo vai ter um consumo energético na ordem de 4 mw dos 32 disponívei­s actualment­e na região.

Rui Cruz, ao lançar a pedra fundamenta­l da centralida­de do Zaire, disse que a acção marca o arranque do projecto habitacion­al de Mbanza Kongo, para responder e honrar a linha de pensamento do Chefe de Estado angolano, que, nesta fase, cria motivação à juventude e não só, para o bem-estar social da população, ávida por este bem.

A centralida­de, a ser construída numa zona onde decorrem obras de construção de um edifício de 10 andares, para prestação de serviços públicos, só foi possível devido ao esforço do Executivo, numa altura difícil, em que escasseiam os recursos financeiro­s, e mobiliza responsáve­is dos sindicatos bancários, liderados pelo banco BAI, para um financiame­nto. “Dentro de doze meses, vamos entregar esta obra ao Governo Provincial do Zaire”, assumiu Rui Cruz.

Cada prédio vai ocupar uma área coberta de 100 metros quadrados. A zona de intervençã­o da centralida­de de Mbanza Kongo ocupa, numa primeira fase, 3,5 hectares dos 26 que representa­m o traçado global da área projectada. A centralida­de vai ter 81 unidades comerciais, das quais oito lojas e uma área destinada a infra-estrutura verde com 2.612 metros quadrados, ao passo que a zona viária para estacionam­ento de automóvel é de 34.612 metros quadrados.

Saneamento básico

A população da cidade de Mbanza Kongo aplaudiu a iniciativa e prova disso, um munícipe, Ngongo Pedro, pediu que a obra fosse realizada com toda a cautela possível, tendo em conta a presença de dezenas de residência­s próximo ao terreno circundant­e da centralida­de.

Para que o saneamento básico correspond­a aos padrões exigidos internacio­nalmente, a Imogestin garante à centralida­de a colocação de 53 contentore­s, destinados para a recolha de lixo no recinto circundant­e, numa extensão que contempla arruamento­s, passeios, sinalizaçã­o, paisagismo, rede eléctrica e de abastecime­nto de água canalizada e outra para drenagem de águas residuais e pluviais.

Muitos são os elogios ao projecto, que contempla a construção de 13 edifícios na fase inicial, assim como uma estação de tratamento de águas residuais. Para Rui Cruz, o Decreto Presidenci­al nº329/14 de 29 de Dezembro designa a Imogestin como entidade gestora dos projectos habitacion­ais.

O Plano Urbanístic­o de Mbanza Kongo prevê a construção de 1.000 unidades habitacion­ais, enquadrada­s nas 26 acções cedidas pelo governo provincial na antiga pista da aviação, no bairro 11 de Novembro. O projecto, qualificad­o como um dos melhores do país, congrega outros equipament­os sociais como creches, escola primária e secundária, um centro comunitári­o e de saúde, posto policial e de bombeiros e um edifício administra­tivo. Na apresentaç­ão do projecto, que contou com a participaç­ão de vários jovens, a Imogestin, na pessoa do assessor para a comunicaçã­o e imagem, Mário Guerra, explicou que a centralida­de do Zaire vai ter um conjunto de lotes, especifica­mente para o apoio às iniciativa­s privadas.

Em Cabinda, por exemplo, disse, foi construída uma centralida­de antes do despoletar da crise financeira, também com mil fogos habitacion­ais, quantidade­s iguais às de Mbanza Kongo.

Mário Guerra justificou que a situação financeira e económica que o país vive levou a Imogestin a reformular os planos de constru- ção habitacion­ais, não iniciados. Acrescento­u que todas as províncias sem projectos habitacion­ais até ao momento vão ser contemplad­as. Para ele, falar do Zaire nestes moldes, pressupõe citar províncias como o Cuanza Norte, Malanje, Bengo, Lunda Sul, Cunene e Cuando Cubango, em termos de índice demográfic­o, contemplad­as para ter o mesmo número de apartament­os.

Governo aplaudido

O governador provincial Joanes André era um homem feliz e muito aplaudido pela juventude, por ter, segundo ele, honrado e concretiza­do aquilo a que convencion­ou apelidar de “dívida” contraída à juventude do Zaire, que muito solicitou a centralida­de.

“Estamos a cumprir aquilo que foi orientado pelo camarada Presidente da República”, disse, acrescenta­ndo que foi necessário um exercício para o Governo Provincial do Zaire, que se traduz num orgulho e satisfação.

O Governo Provincial do Zaire pede compreensã­o aos eventuais moradores residentes próximo da nova centralida­de, cujas casas vão ser demolidas, para acautelar uma interferên­cia à centralida­de. Vários jovens estiveram presentes no acto e ficaram satisfeito­s com o Programa Habitacion­al apresentad­o pelo Executivo

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EDIÇÕES NOVEMBRO
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EDIÇÕES NOVEMBRO Durante o lançamento da primeira pedra Rui Cruz da Imogestin garantiu que o projecto prevê a construção de 200 fogos habitacion­ais em Mbanza Kongo e noutros municípios

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