CARTAS DO LEITOR
Girabola ao rubro
A maior competição desportiva angolana, o campeonato sénior masculino de futebol, vulgo Girabola, volta ao rubro com a manifesta exibição competitiva de numerosos clubes já demonstrada na primeira volta. Numa altura em que arranca a segunda volta, não há dúvidas de que há ainda muita competição pela frente. A distância que separa o clube que se encontra na primeira posição em relação às equipas nas posições imediatas encurtou de maneira que torna o nosso campeonato sénior de futebol mais competitivo e mais agradável do ponto de vista da competição interna. Esperava que toda esta competitividade fosse projectada para fora das nossas fronteiras, sobretudo ao longo das participações nas taças africanas. pelo futebol, estudos e pequenas tarefas, o homem e a mulher angolanos são empreendedores. Em todo o caso, julgo que está na hora de as autoridades ponderarem a criação de uma escola de empreendedorismo para dar as ferramentas. A propensão para o empreendedorismo está lá, o que falta são as ferramentas para que os passos dados neste sentido tenham melhor orientação e precisão. Muitas vezes, as pessoas com inclinação para o empreendedorismo precisam de ser devidamente orientadas para encaminharem bem as suas energias e capacidades criativas.
Espero que haja sensibilidade da parte das instituições do Estado no sentido de proporcionar aos empreendedores angolanos condições para os mesmos serem bem sucedidos. E se esta e outras iniciativas tiverem a escola como o berço, tendo um ensino inovador e professores competentes não há dúvidas de que chegamos lá com mais facilidade. Afinal, ser empreendedor também representa uma forma de estar e viver numa sociedade como a angolana em que há, cada vez mais, novos desafios. Na minha avançada idade, acredito que os jovens angolanos são empreendedores. Fiquei a saber que o centro hospitalar Luanda Medical Center (LMC) vai estender as suas acções de rastreio, prevenção e combate ao câncer do colo do útero a instituições escolares. Trata-se de uma grande iniciativa que, a se efectivar, constitui um passo importante na prevenção e sensibilização dos académicos para com o problema do cancro mencionado. Era bom que as unidades hospitalares realizassem actividades semelhantes, porque julgo que o nosso sistema nacional de saúde deve ser preventivo. Como não temos muitos recursos humanos e financeiros para a dimensão curativa, ao enfrentarmos as enfermidades mais comuns, era bom que pudéssemos rastrear cedo determinadas tendências para o desenvolvimento do cancro.
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Apego à leitura
Escrevo hoje pela primeira vez para o Jornal de Angola e começo por felicitar todos os profissionais desta importante casa de imprensa que está em véspera de comemoração de mais um aniversário. O gosto pela leitura contribui para o desenvolvimento intelectual da criança, pois ajuda na obtenção de conhecimentos científicos, dizia há dias uma entidade ligada à cultura. De facto, lembro-me de ter lido algures num painel que “uma nação que não lê fica mais pobre”. Em Angola, há um grande esforço por parte das instituições.