Carregamento de fertilizantes no porto
Cerca de 29 mil toneladas de fertilizantes adquiridos por operadores económicos nacionais ao Marrocos chegaram ontem ao Porto de Luanda, para serem encaminhadas para diferentes regiões agrícolas, sobretudo no Norte do país, com recurso a camiões para a sua transportação.
A importação destes fertilizantes é resultado de um memorando assinado entre os governos de Angola e Marrocos, lembrou o ministro da Agricultura, que foi ao Porto de Luanda certificar-se da chegada do produto.Todos os meses, navios carregados com fertilizantes passam a escalar os portos angolanos, prevendo-se chegarem, até ao final do ano, às 150 mil toneladas, disse Marcos Nhunga.
O ministro referiu que a quantidade negociada com Marrocos representa dez vezes mais que as necessidades normalmente adquiridas por Angola e acrescentou que, com o stock existente, é possível aliviar os preços, sobretudo para os camponeses, um indicador “importantíssimo” para a produção agrícola.
Indicou que o carregamento representa um passo significativo para tornar as áreas agrícolas mais produtivas e destacou o “bom preço” negociado com os marroquinos.
Marcos Nhunga realçou que o envolvimento do Ministério da Agricultura no programa de importação de fertilizantes permite um preço competitivo e com reflexos para o consumidor final, nomeadamente os agricultores e camponeses. A empresa fornecedora, designada OCP, estabeleceu um preço de 330 dólares (cerca de 55 mil kwanzas) por tonelada com garantia de transporte até aos Portos de Luanda e Lobito, segundo a Unidade Técnica de Apoio ao Investimento Privado (UTAIP) no Ministério da Agricultura.
“Conseguimos, agora, com esses fertilizantes, sair de 35 mil kwanzas por saco de 50 quilos para 6.500, que é o preço que está a ser praticado agora no mercado”, sublinhou.A partir de Luanda, onde alguns im- portadores criaram centros logísticos, os fertilizantes são transportados aos diferentes pontos de distribuição para os produtores.
No contexto da produção agrícola, a par das sementes, que representa um dos factores mais importantes para assegurar com êxito a produção alimentar, a fertilidade dos solos, a nutrição e adubação são componentes essenciais que são acautelados para permitir um sistema de produção eficiente, lembrou António Sozinho, da UTAIP do Ministério da Agricultura.