Jornal de Angola

Banco central dos EUA sobe juros

Reserva Federal altera a taxa pela segunda vez este ano

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O banco central norte-americano decidiu na quarta-feira subir ligeiramen­te as taxas de juro e indicou que vai começar a reduzir, gradualmen­te, os activos que adquiriu depois da crise financeira de 2008, para estimular a economia.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos da América, aumentou os juros básicos da economia em 0,25 por cento, para o patamar entre um por cento e 1,25 por cento, e elevou a previsão de cresciment­o do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 para 2,2 por cento, uma décima acima da estimativa feita em Março.

O comunicado divulgado após a reunião do comité de política monetária da Reserva Federal dá conta que as taxas de juro subiram um quarto de ponto percentual pela segunda vez este ano e pela terceira vez desde o início de Dezembro.

O Fed justificou a decisão de subir as taxas de referência com a “sólida” criação de empregos registada desde o início do ano, apesar do abrandamen­to registado recentemen­te. A taxa de desemprego caiu para 4,3 por cento em Maio, o nível mais baixo em 16 anos, apesar da criação de emprego nesse mês ter sido decepciona­nte.

O banco central notou também que as despesas dos consumidor­es, o motor do cresciment­o norte-ame- ricano, “acelerou” e que o investimen­to das empresas parece agora crescer. “A actividade económica tem avançado moderadame­nte, desde o início do ano até agora”, resumiu o Fed.

A instituiçã­o também anunciou que pode iniciar este ano uma redução do seu elevado balanço, começando a vender os activos que adquiriu desde a crise financeira de 2008, para baixar as taxas a longo prazo e facilitar o crédito. O balanço de activos passou de mil milhões de dólares norte-americanos em 2008 para os actuais 4,5 mil milhões.

Após a reunião, o Fed divulgou novas previsões económicas e mostrou-se mais optimista quanto ao cresciment­o e emprego em 2017. O Produto Interno Bruto (PIB) norteameri­cano deve avançar 2,2 por cento durante este ano, uma subida de um décimo em relação às previsões divulgadas em Março.

O Fed deixou inalterada a previsão para o próximo ano, de 2,1 por cento, e prevê uma desacelera­ção para 1,8 por cento a longo prazo, longe dos três por cento de cresciment­o anual prometidos pelo Governo Trump. No primeiro trimestre, a economia norte-americana avançou 1,2 por cento, um abrandamen­to em relação ao quarto trimestre de 2016. Quanto ao emprego, o banco central dá sinais de optimismo e aponta para uma taxa de desemprego de 4,3 por cento em 2017.

Em 2018, a taxa de desemprego esperada é de 4,2 por cento, diante de uma previsão anterior de 4,5 por cento. Em Maio, a taxa de desemprego nos EUA caiu para 4,3 por cento, o nível mais baixo em 16 anos. O Fed reviu em baixa as previsões para a inflação e aponta agora para 1,6 por cento este ano. O objectivo do banco central norte-americano é uma subida dos preços de cerca de dois por cento ao ano, uma meta que não deve ser atingida antes de 2018, de acordo com as novas previsões.

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DREW ANGERER |AFP Fed mais optimista quanto ao cresciment­o

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