Oferta global de petróleo avança no mês de Maio
O excesso de produção de petróleo no mundo deve permanecer em 2017, à medida que os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para diminuir a oferta encontram obstáculos nos Estados Unidos, informou quarta-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).
No seu relatório mensal de mercado, a AIE informou que a oferta global de petróleo subiu 585 mil barris por dia em Maio, para 96,69 milhões de barris por dia. O número foi empurrado pelo aumento da exploração dentro e fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Os altos níveis de armazenamento são um sinal de que há mais petróleo no mundo do que pode ser consumido, ajudando a baixar os preços do petróleo em níveis inferiores aos desejados pela OPEP, que controla 40 por cento do mercado mundial.
No mês passado, a organização juntou-se, com dez outros grandes produtores fora do cartel, para acertar a diminuição da produção até Março de 2018. A meta de corte dentro da OPEP foi cumprida em 96 por cento. No entanto, dentro do cartel, a produção aumentou 290 mil barris por dia em Maio, para 32,08 milhões de barris por dia. O número foi influenciado pela subida da exploração na Líbia e na Nigéria. Fora da OPEP, segundo a AIE, a oferta cresceu 295 mil barris por dia em Maio e a estimativa é de uma alta em 2017, de 700 mil barris por dia. Parte deste aumento se deve ao crescimento maior da produção nos Estados Unidos este ano. A estimativa aumentou 90 mil barris por dia em relação a Abril e agora é de 13,1 milhões de barris por dia em 2017. “Nós aconselhamos, regularmente, que a paciência é necessária por parte daqueles que procuram o reequilíbrio do mercado do petróleo”, afirmou a AIE.
Para 2018, a produção fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo deve crescer 1,5 milhão de barris por dia. Já a procura global por petróleo deve aumentar 1,4 milhões de barris por dia em 2018.
A OPEP afirmou terça-feira que o aguardado reequilíbrio do mercado de petróleo tem caminhado em “ritmo mais lento”, além de ter relatado que a sua própria produção aumentou em Maio, devido a elevações na oferta de países isentos de um pacto para reduzir a produção.
No seu relatório mensal, a OPEP revela que a sua produção aumentou em 336 mil barris por dia em Maio para 32,14 milhões de barris por dia, liderada por uma recuperação na Nigéria e na Líbia, que estavam isentas de cortes de produção porque conflitos nesses países vinham restringindo sua produção.