Inaugurado novo bloco operatório
Ministro da Saúde agradece a parceiros e elogia o empenho dos trabalhadores
O Banco de Urgência do Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, conta desde ontem com um novo bloco operatório, como resultado da parceria entre as companhias petrolíferas Sonangol e Chevron e a Fundação BAI e o banco BFA.
A cerimónia de inauguração contou com a presença do ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, que felicitou o corpo directivo e os trabalhadores da unidade hospitalar pelo espírito de sacrifício e a qualidade do seu trabalho, apesar das dificuldades que enfrentam, e sublinhou que a inauguração do bloco operatório marca mais um passo no sentido de garantir e melhorar a qualidade dos cuidados médicos às crianças.
Acrescentou que, apesar do aumento do número de pacientes, o corpo clínico do Hospital Pediátrico David Bernardino, que recebe pacientes de todas as províncias do país, tem desenvolvido esforços para atender todos os que procuram pelos seus serviços.
O ministro da Saúde agradeceu a iniciativa das empresas e instituições que têm apoiado a unidade hospitalar e salientou que “os progressos alcançados pela instituição, no âmbito da investigação clínica, são uma componente importante para a melhoria dos cuidados de saúde e referenciação dos técnicos e médicos.”
Luís Gomes Sambo disse que as actividades científicas levadas a cabo têm contribuído para novas decisões no âmbito dos cuidados médicos para o tratamento dos casos que ocorrem no hospital e garantiu o compromisso de continuar a apoiar o hospital pediátrico e outras unida- des hospitalares a nível nacional.
A directora do Hospital Pediátrico David Bernardino, Victória do Espírito Santo, deu a conhecer que a unidade, com capacidade de atender 300 crianças por dia, é composta por dois blocos operatórios, salas de radiologia, laboratório, farmácia, serviço de pequenas cirurgias, salas de recuperação e internamento e uma área social.
“Desde a sua fundação, o Hospital Pediátrico David Bernardino tem registado grandes progressos”, disse Victória do Espírito Santo, informando que de Janeiro a Maio deste ano foram atendidas 47 mil 603 crianças e realizadas 1.364 cirurgias, 566 das quais de carácter urgente, o que representa 41 por cento das cirurgias efectuadas.
A directora acrescentou que no ano passado foram realizadas 2.837 cirurgias, sendo 1.358 de carácter urgente. “A entrada em funcionamento deste bloco operatório vai permitir o aumento de casos de cirurgia e reduzir o índice de mortalidade infantil”, realçou.
“A manutenção do edifício deve ser acompanhada de esforço financeiro, assistência medicamentosa e dispositivos médicos e outros, indispensáveis à actividade clíni- ca. Por isso, solicitamos o apoio dos nossos parceiros e de outras entidades”, salientou Victória do Espírito Santo. “O hospital pediátrico é dotado de um conjunto de trabalhadores que, apesar de algumas debilidades, podem ser equiparados aos melhores.”
Adirectora disse esperar pelo apoio do ministro da Saúde e dos parceiros para a construção da terceira fase do projecto do banco de urgência.
Apoio de parceiros
O representante da Sonangol, Vasco Silva, frisou que a nova unidade sanitária vai oferecer melhor tratamento às crianças que procuram os serviços do hospital. “Acreditamos que não apoiamos somente as crianças, mas também os pais que têm dificuldade de intervenção cirúrgica para os filhos.”
Vasco Silva, depois de pedir a manutenção e conservação dos meios, realçou que, apesar da crise financeira, o Conselho de Administração da Sonangol vai continuar a trabalhar com os seus parceiros no sentido de melhorar os serviços hospitalares.
Artur Custódio, da Chevron, informou que foram investidos 1,5 milhões de dólares na construção da unidade e que, apesar de o projecto se encontrar na fase inicial, espera-se que contribua para a redução das causas de mortalidade e morbilidade infantil no país.
“O sector da Saúde é um dos pilares fundamentais da nossa estratégia de investimento na área social”, concluiu Artur Custódio, dando a conhecer que a empresa Chevron já investiu, até hoje, no país mais de 23 milhões de dólares em programas de saúde.