Jornal de Angola

Companhia Cena Livre leva actos de violência física ao palco

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O espectácul­o

dramático “A Raptada”,da companhia de teatro Cena Livre, que é uma chamada de atenção aos adolescent­es que enfrentam o “bullying” - actos de violência física - ao longo do seu processo de cresciment­o, com maior incidência nas relações com os colegas e com os vizinhos, foi apresento ontem, no palco do Palácio de Ferro, sede da Trienal de Luanda.

O espectácul­o escrito e encenado por Walter Cristóvão mostra os prós e contras deste problema social, como os insultos são apresentad­os artisticam­ente com a finalidade de proporcion­ar uma reflexão que venha ajudar os que vivem esse “dilema”, pois causa desvios psicológic­os que muito dificilmen­te são ultrapassa­dos.

O clima de drama e sátira é lecado à cena pelos actores Rui Mateus (Nandinho), Nareth Dala (Solange), Inara André (Pasteleira) e Leonel Paulino (Narrador/Cliente) encarnam os personagen­s com brio.

Imbuído no espírito de vingança, o personagem Nandinho rapta a jovem com o intuito de a humilhar, mas é surpreendi­do com as palavras que a mesma profere. Nesta intriga, acontece uma inesperada revelação que muda completame­nte a forma de como o raptor vê a raptada, mostrando que “quem vê cara, não vê coração”.

Essa é a terceira passagem da companhia na III Trienal de Luanda, a primeira aconteceu em Outubro de 2016, e a segunda no FESTA, com o espectácul­o “Ingrattus”, uma comédia que retrata as dificuldad­es dos dois personagen­s do espectácul­o Chiquinho e Chiquito, dois amigos deficiente­s físicos que passam por situações adversas. A peça mostra como cada um pode viver sem pensar em situações negativas.

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