Má conservação pode retirar título Mundial de património
Os trabalhos da 41.ª Sessão do Comité da UNESCO do Património Mundial continuam até amanhã, em Cracóvia, na Polónia, onde as cidades africanas de Mbanza Kongo, Asmara, na Eritreia, e a paisagem cultural Khomani, na África do Sul, foram elevadas como Património da Humanidade.
Para além da elevação a Património Mundial, a UNESCO procede, também a uma atitude contrária caso observe que os bens já classificados como Património Mundial não são conservados, nem protegidos, de acordo com a Convenção do Património Mundial, de 1972: o bem pode ser desclassificado ou constar na Lista do Património Mundial em Perigo.
Ontem, durante os trabalhos que decorrem em Cracóvia, os peritos da UNESCO decidiram retirar o Mosteiro Gelati, na Geórgia, da Lista do Património Mundial em Perigo.
Para salvaguardar que os sítios e bens patrimoniais materiais não percam o seu valor, a primeira acção dos Estados membros da UNESCO cinge-se na classificação nacional, impedindo que sejam construídas ao redor do património quaisquer habitações, estabelecimentos públicos ou privados.
Em 2013, o Ministério da Cultura procedeu, em Luanda, à cerimónia de classificação do Centro Histórico de Mbanza Kongo como património histórico e cultural nacional, decisão importante que protegeu todas as acções técnicas e científicas do processo de inscrição da histórica cidade e capital do antigo Reino do Congo na Lista de Património da Humanidade.
Agora, cabe-nos divulgar mais e melhor a herança Mbanza Kongo para o mundo, evitando a todo custo que esse título desapareça por causa de conflitos armados, desastres naturais, urbanização não planejada, caça furtiva, poluição, ou outras ameaças das características que justificaram a sua inclusão na Lista do Património Mundial.