Feira do Livro e do Disco tem expansão na capital
Expandir a Feira Internacional do Livro e Disco para os municípios é um dos desafios para a próxima edição
A expansão da Feira Internacional do Livro e Disco para outros locais na cidade de Luanda e a sua realização em simultâneo é uma aposta da organização para os próximos anos, deu a conhecer Guilherme da Paixão, portavoz da 11ª edição, que encerrou domingo, no Palácio de Ferro, em Luanda.
A feira é uma montra da cultura na província, sendo um dos acontecimentos de maior magnitude realizados na capital, após o Carnaval, daí a necessidade da sua ampliação para as comunidades, disse o porta-voz ao Jornal de Angola.
Para o interlocutor, o Governo Provincial de Luanda pode incluir a feira, uma co-realização da Arte Viva e a III Trienal de Luanda, no seu programa cultural e torná-la um evento provincial, realizando em várias escolas e espaços públicos, como largos e recintos polidesportivos. Guilherme da Paixão disse que aproximar o evento aos distritos e bairros vai permitir a redução das dificuldades de acesso ao livro e a recuperação da capacidade de compra de livros quer técnicos quer literários, em particular de autores estrangeiros.
A implementação desse plano vai promover e divulgar a cultura nacional junto das comunidades, com a exposição da literatura nacional, concertos e exibição de filmes nacionais, em simultâneo, em vários pontos de Luanda, “por isso, deve ser expandido por toda a cidade capital”, sustentou.
”O casamento entre literatura, música, cinema e palestras, em vários espaços públicos vai ajudar as pessoas, o que é muito bom para o que almejamos para uma Angola em desenvolvimento. A Arte Viva tem feito o seu trabalho, gostaríamos de receber mais apoios do Governo Provincial de Luanda para interagirmos e expandirmos mais, sendo esse o nosso propósito para as próximas edições”, fez saber o porta-voz da 11ª Feira Internacional do Livro e Disco que afirmou estarem abertos para propostas do empresariado nacional.
Dados estatísticos
Essa edição atingiu 90 por cento dos intentos da organização, pois permitiu fixar médias de visitas de 400 pessoas por dia, com maior predominância para visitantes e leitores com menos de 35 anos de idade.
Guilherme da Paixão informou que 97 por cento dos expositores, as Irmãs Paulinas, a UEA, a Mayamba, a Universidade Editora, a Bisturi e a Edições Piaget aderiram com mais de 7 mil títulos de autores nacionais, enquanto a Irdin Editora (Brasil) e a Mendes Lda, entre outras nacionais, fizeram a ua grande estreia na feira.
O período nocturno é que registou o maior público, devido aos concertos musicais e exibição de filmes de produção nacional com salas cheias. Informou que as palestras tiveram 75 por cento de assistência, com muitas questões apresentadas pelos participantes demonstrando haver uma capacidade intelectual dos mais jovens, que dão sinal de estarem cada vez mais preocupados com a cultura. As visitas de personalidades estrangeiras aumentaram comparativamente à edição anterior, com uma média diária de 18 visitantes estrangeiros.
Nesta edição, houve pouca presença de crianças, deixando a organização em alerta, “porque os petizes devem visitar essas actividades, pois servem de influência na criação de hábitos e gosto de leitura e a boa música”, disse o porta-voz. No sábado, lembrou, os adolescentes que visitaram a feira foram influenciados pelo programa Kaluanda Piô,
Guilherme da Paixão disse que aproximar o evento aos distritos e bairros vai permitir a redução das dificuldades de acesso ao livro e a recuperação da capacidade de compra