Rebeldes recrutam menores à força
O Exército filipino denunciou ontem os crimes praticados pelos rebeldes filiados no Estado Islâmico, que utilizam rapazes nas suas fileiras para lutar contra as tropas governamentais em Marawi, no sul da Filipinas. “Temos fotos, documentos e outras provas que indicam a presença de rapazes entre os rebeldes”, declarou à Agência Efe o porta-voz das Forças Armadas, Restituto Padilla, após sete semanas de combates nesta cidade no noroeste da ilha de Mindanao. Os testemunhos de soldados do Exér- cito e residentes que conseguiram escapar, assegurou Padilla, também dão fé do recrutamento de rapazes pelos rebeldes sob a liderança do grupo Maute, uma organização terrorista local filiada no Estado Islâmico.
As Forças Armadas capturaram há dias um jihadista adolescente e este ofereceu detalhes sobre como Maute e os seus seguidores usam menores de 15 anos como milicianos nos combates que acontecem diariamente.
O Exército, apontou o porta-voz militar, “faz todo o possível para evitar que mais menores morram”, ainda que reconheceu que em muitas ocasiões os soldados “pouco podem fazer” já que os rebeldes estão fortemente armados. As Forças Armadas acreditam que, além de recrutar forçadamente menores, os rebeldes obrigam os civis presos em seu território a combater. O Exército tenta neutralizar com ataques aéreos sobre o terreno cerca de 100 islamitas que ainda controlam quatro bairros da cidade.