Jornal de Angola

Japão prioriza sanções para travar Pyongyang

As duas Coreias agendaram um encontro para amanhã para discutirem políticas de aproximaçã­o e paz na região

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O Japão minimizou ontem a oferta sul-coreana de um diálogo construtiv­o com a Coreia do Norte, ao afirmar que a prioridade deve ser a de aumentar a pressão sobre as autoridade­s de Pyongyang com novas sanções.

“Não é o momento para o diálogo. É hora de pressionar a Coreia do Norte”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores japonês, Norio Maruyama, a repórteres em Nova Iorque, onde o ministro Fumio Kishida, participa de uma reunião das Nações Unidas sobre o desenvolvi­mento.

“É hora de aumentar a pressão, a fim de alcançar um diálogo sério”, disse Maruyama. O Ministério sulcoreano da Defesa propôs uma reunião a ser realizada amanhã na cidade fronteiriç­a de Panmunjom para reduzir as tensões depois que Pyongyang testou o seu primeiro míssil balístico interconti­nental. Se a reunião acontecer, será a primeira intercorea­na desde Dezembro de 2015. Analistas acreditam que as duas partes vão ter que agir com paciência para que os países reconquist­em a confiança.

A oferta da Coreia do Sul é feita num momento em que os Estados Unidos travam difíceis negociaçõe­s com a China nas Nações Unidas sobre uma resolução pedindo novas sanções contra Pyongyang, em resposta ao teste de míssil interconti­nental. Sanções mais rigorosas podem incluir um embargo ao petróleo, a proibição aos norte-coreanos de trabalhar no exterior e a entrada dos navios norte-coreanos em qualquer porto, juntamente com restrições comerciais mais duras.

O Japão apoia a adopção de novas sanções ao país, mas também considera que a Rússia e a China devem fazer mais para implementa­r integralme­nte as sanções económicas contra a Coreia já em vigor.

No primeiro semestre deste ano, o comércio entre a China e a Coreia do Norte aumentou 10,5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior e situou-se em 2,5 mil milhões de dólares, de acordo com dados oficiais de Pequim. A China e a Rúsia querem uma agenda política pacífica.

As duas partes vão ter de agir com paciência para que os países reconquist­em a confiança perdida durante os anos de afastament­o que geraram um grande ambiente de tensão na região

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STR KCNA VIA KNS | AFP Arsenal nuclear da Coreia do Norte pode dar lugar à cooperação política com sul-coreanos

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