Nigéria lidera migrantes africanos na Líbia
Os nigerianos foram os migrantes mais numerosos que chegaram à Europa via Líbia na rota do Mediterrâneo Central em Junho, indicou ontem um relatório da Agência Europeia de Controlo de Fronteiras Externas.
No documento lê-se que no primeiro semestre de 2017, os migrantes provenientes da Nigéria, da Guiné Conacri e da Costa do Marfim foram os mais numerosos provenientes da Líbia, através do Mediterrâneo Central.
O relatório da Agência Europeia de Controlo de Fronteiras Externas precisa que mais de 30.700 migrantes africanos em situação ilegal foram detectados nas principais rotas migratórias para a Europa.
Segundo o documento, o número total das detenções no primeiro semestre de 2017 diminuiu 68 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o Mediterrâneo Central, o número de migrantes que chegam a Itália aumentou oito por cento, em Junho último, estabelecendo-se em 24.800, o que eleva o total no primeiro semestre de 2017 para 85 mil indivíduos, ou seja, mais 21 por cento do que no mesmo período em 2016.
De acordo com a Agência Europeia de Controlo de Fronteiras Externas, a Itália elaborou um Código de Conduta que os barcos das Organizações não Governamentais humanitárias devem respeitar sob pena de interdição de acesso aos portos italianos.
O Código de Conduta prevê, nomeadamente, proibir os telefonemas a bordo das embarcações, o lançamento de sinais luminosos que possam ser interpretados como aval para o lançamento ao mar dos barcos de migrantes, a obrigação da presença dum polícia a bordo de qualquer embarcação e a proibição de transferência dos migrantes socorridos dum barco para outro.
E impõe aos barcos das ONG humanitárias que transportem eles mesmos os passageiros socorridos até aos portos italianos.