Chineses cooperam no levantamento cartográfico
O Planageo (Plano Nacional de Geologia) já permitiu ao país, em dois anos de trabalho consecutivo, fazer o levantamento de um terço do território angolano, cujos mapas estão já a ser estudados e avaliados pelas estruturas correspondentes de Angola e por técnicos chineses.
Numa entrevista ao boletim trimestral do Fórum de Macau, o embaixador de Angola na China, Garcia Bires, revelou que o Governo angolano e técnicos chineses estão a fazer o levantamento cartográfico do país, para apurar onde estão os minérios, a qualidade e quantidade e como explorá-los.
O diplomata angolano referiu que durante esse período de levantamento cartográfico, técnicos angolanos ficaram na China durante sete meses, para “refrescamento e aperfeiçoamento de conhecimento e das técnicas, para saberem ler e interpretar os dados obtidos”. Garcia Bires disse ainda que o Planageo liberta Angola da dependência do petróleo, localizando no subsolo do país ferro, diamantes e outros recursos minerais.
Referindo-se à relação entre Angola e a China, o embaixador Garcia Bires considerou que o futuro aeroporto internacional de Luanda “será, depois da centralidade do Kilamba Kiaxi, nos arredores da cidade de Luanda, um dos marcos que irá eternizar a profícua cooperação bilateral”.
Garcia Bires disse que, pela sua dimensão, o aeroporto será um dos maiores de África, a Sul do Saara. “A tecnologia chinesa está fortemente presente no aeroporto, que foi concebido para dar resposta à procura interna de um país com 24 milhões de habitantes e, também, por ser um corredor internacional natural. No futuro, Angola, geograficamente, pode, em matéria de transporte aéreo, concorrer com outros mercados internacionais”, sublinhou o diplomata angolano.