Morais é preocupação clínica da equipa técnica
O extremo queixa-se de dores num dos joelhos e junta-se a Eduardo Mingas no leque de jogadores lesionados
O extremo Carlos Morais, 1,93 metros, que se queixa de dores num dos joelhos junta-se a Eduardo Mingas, no leque de jogadores lesionados ao serviço da Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol, que prepara a disputa da 29ª edição do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, onde na fase preliminar joga no grupo B, com sede na cidade de Dakar, Senegal, de 8 a 10 de Setembro.
Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador nacional Manuel Silva "Gi" mostrou-se despreocupado com o percalço, pelo facto de o "corpo clínico nos ter tranquilizado. O Mingas já está a ser reintegrado. Tem feito alguns trabalhos de forma condicionada, mas tem-nos dado bons indicadores. O Carlos já iniciou o tratamento e acreditamos tê-lo disponível ainda esta semana."
Hoje, às 9h30, os jogadores, às ordens do preparador Pedro Santos, regressam ao Ginásio do Estádio 11 de Novembro, onde fazem trabalho de musculação para potenciamento dos índices físicos.
Neste momento, o grupo exercita com cargas reduzidas, pois a intenção é chegar ao Torneio Internacional na China, com arranque previsto para o dia 29 do corrente, próximo dos níveis desportivos desejáveis.
A partir das 11h00, no Pavilhão Multiusos Arena do Kilamba, a equipa volta a realizar mais um jogo treino entre os integrantes do plantel. No encontro, fez saber Gi, não está em causa o resultado mas sim "a interpretação do que pretendemos. Queremos corrigir algumas coisas menos boas e continuar a melhorar onde estamos bem."
Relativamente à exclusão dos dois primeiros atletas, deve acontecer em princípio na próxima semana (dia 25), mas antes, "vamos concertar (nós equipa técnica). Se houver alguma alteração comunicaremos com antecedência, mas a intenção é esta", concluiu.
Manuel Silva tem à sua disposição: Armando Costa, Gerson Domingos, Milton Barros e Hermenegildo Santos (bases); Roberto Fortes, Pedro Bastos, Leandro Conceição, Gerson Gonçalves, Edson Ndoniema e Olímpio Cipriano (extremos); Alexandre Jungo, Leonel Paulo e Reggie Moore (extremopostes); Felizardo Ambrósio, Yannick Moreira e Teotónio Dó (postes).
Ausente das sessões e sem data para integrar os trabalhos, continuam o extremo Sílvio Sousa e o poste Bruno Fernando, ambos a militarem no IMG Academy dos Estados Unidos. Os atletas, campeões africanos Sub-16 e 18, têm compromissos académicos.
Eis a composição dos grupos do Afrobasket, a decorrer no Senegal e Tunísia, de 8 a 16 de Setembro. Série (A), Nigéria, Costa do Marfim, Mali e Congo Democrático. Angola, RCA, Marrocos e Uganda (B). No C, estão Camarões, Guiné, Tunísia e Ruanda. O D é composto pelo Senegal, Egipto, Moçambique e África do Sul.
Para os quartos-de-final, qualificam-se as duas primeiras classificadas de cada grupo, perfazendo um total de oito selecções.
Torneio na China
Na China, onde joga de 29 deste mês a 5 de Agosto, o "cinco" nacional defronta para além da selecção anfitriã, as suas congéneres da Nova Zelândia e da Lituânia. Os lituanos são quintos no ranking da FIBA, com 442 pontos. Os chineses ocupam a 14ª posição, com 131,2 pontos, os neozelandeses a 20ª com 72, e os angolanos a 23ª com 66 pontos.
Teoricamente, a Lituânia e a China são favoritas à conquista do torneio. Mas para isso, ambas selecções sabem da necessidade de ter de suar às ‘estopinhas’ dentro do rectângulo de jogos.
A competição, a ser custeada na totalidade pelos chineses, é jogada em duas cidades.Após a disputa do torneio, a selecção deve permanecer no estrangeiro, onde dá sequência à sua preparação, prevendo-se a realização de mais jogos amistosos com adversários ainda por definir.
Medalhas na competição
Selecção com mais campeonatos ganhos, 11, Angola tem nesta edição do Afrobasket o objectivo de resgatar o título perdido para a Nigéria. No palmarés, a seguir ao combinado nacional estão o Egipto e o Senegal, ambos com cinco taças. A Costa do Marfim e a República Centro Africana (RCA) somam cada dois troféus.
Gi fez saber que não está em causa o resultado, mas sim a “interpretação do que se pretende. Queremos corrigir algumas coisas menos boas e continuar a melhorar onde estamos bem”