Promessas e programas
As formações políticas concorrentes às eleições gerais deste ano utilizaram ontem de forma diferente os tempos de antena na RNA e na TPA, com promessas, críticas e programas para persuadir os eleitores. A UNITA, que tem sido o primeiro a usar do tempo de antena na Rádio, de acordo com os regulamentos, utilizou grande parte dos seus 10 minutos para criticar o actual Governo e reafirmou a aposta forte na educação caso vença o pleito eleitoral de 23 de Agosto no sentido de instaurar um “ensino gratuito e obrigatório”, por considerar o sector um pilar estratégico e principal para a construção de um homem novo.
A CASA-CE também voltou a lançar críticas ao Governo e prometeu apostar na formação, instrução e saúde da juventude. O líder da coligação e candidato a Presidente da República justifica a aposta com a necessidade de se mudar o quadro actual, que caracteriza como sem oportunidades e perspectivas. “Votem na CASA-CE”, foi o apelo repetido por Abel Chivukuvuku.
A APN voltou às promessas e falou em transformar Namibe numa cidade como Dubai, criar duas capitais para Angola, sendo uma política e outra económica, construir centralidades e reduzir a renda nos diversos projectos habitacionais para 2.000 kwanzas. Quintino Moreira, que está no Namibe, afirmou que tem programa para tornar aquela província num ponto turístico de África e até mesmo do mundo.
O MPLA destacou na sua mensagem os ganhos no sector da saúde e o trabalho que está a ser realizado pelo Executivo para que os angolanos vivam cada vez mais e melhor. Tal como nos três primeiros dias, o MPLA centrou a mensagem na força e coragem do seu candidato a Presidente da República, João Lourenço, para “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal” e apresentou programas para que os angolanos tenham mais saúde e qualidade de vida.
O PRS também voltou às críticas e às promessas de instauração do federalismo, com um Governo que permite a pluralidade de grupos de interesses através da participação pública.
O quarto dia do tempo de antena da FNLA foi dedicado à juventude e o escolhido para passar a mensagem foi o primeiro secretário da JFNLA, Kiako Kiala, que reconheceu que “não basta criticar, mas apontar soluções.