Jornal de Angola

“Cada povo ou país tem a sua própria história e democracia”

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Tínhamos de ser realistas e pragmático­s no nosso processo de desenvolvi­mento. As mulheres representa­m a maioria da população. Ter mulheres na liderança aumenta o incentivo e as oportunida­des no seio das outras e foi neste Ruanda contexto que elas conquistar­am esta parte justa na liderança do país. Como é óbvio, a mudança ou inovação provoca resistênci­a, mas agora os homens ruandeses habituaram-se a ver as mulheres na posição de poder.

Embora o país possua índices baixos de corrupção tem sido constantem­ente criticado por organizaçõ­es internacio­nais por limitar os direitos humanos?

Cada povo tem a sua própria história e a democracia não é monopólio de um país. A evolução da democracia depende da experiênci­a histórica de cada nação e, dado o recente passado histórico, o Ruanda tem o foco virado na unidade nacional e no desenvolvi­mento económico. Modelamos as instituiçõ­es políticas para o alcance destes dois objectivos. O consenso é importante para o alcance dos nossos objectivos. O Ruanda não é a América do Norte, nem a Europa e vai construir a sua democracia no interesse do povo.

As eleições presidenci­ais acontecem no próximo dia 4 de Agosto. Como é que está a ser vivido o ambiente eleitoral?

Actualment­e o ambiente é de paz e tranquilid­ade, porque hoje nenhum ruandês deseja reviver o clima de violência. Entre os vários concorrent­es, está o Presidente Paul Kagame, que se candidata à sua sucessão, depois de o referendo de 2016 lhe ter dado a oportunida­de para se apresentar a um outro mandato.

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O que se lhe oferece dizer nove anos depois de o Ruanda se ter tornado no primeiro país a eleger uma legislatur­a maioritari­amente composta por mulheres?

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