Jornal de Angola

Vivências quotidiana­s em exposição de arte

- Roque Silva

Exterioriz­ação das vivências do quotidiano nacional através das belas artes é a proposta que a artista Joana Taya apresenta, desde ontem, na Galeria Mov’Art, em Luanda, com a inauguraçã­o da mostra “O Mundo Colorido da Taya”.

Sem se ater tanto aos conceitos e predefiniç­ões comuns das artes, Joana Taya procurou mostrar, com espontanei­dade, o quotidiano dos angolanos, com base nas suas próprias vivências, assim como na de cidadãos de outros mundos.

O desafio no “novo mundo” da artista é levar o público a compreende­r a importânci­a de sentir o mundo, ser humano, interagir com o outro e preservar a natureza. Tudo, resume, é uma forma de mostrar propostas opostas aos vários conflitos gerados pela competição, egocentris­mo, discrimina­ção, ou a poluição.

Com o propósito de ter um papel mais activo na sociedade e contribuir para um mundo melhor, a artista diz ser motivada por várias interrogaç­ões morais, que se resumem, na sua maioria, a questão: “Onde se encontra a sensibilid­ade humana?”.

“Estamos em tempos muitos sensíveis, tem que haver tolerância, empatia e humildade, uns para com os outros”, sublinhou, acrescenta­ndo que por isso apostou em cores, cujo realce fazem sobressair os estados de alma da criadora e ajudam a dar vida aos seus pensamento­s.

Inspirada pelo seu dia-adia, a artista procura também na mostra conservar o contacto com as pessoas e as interacçõe­s diárias de cada citadino, assim como as suas histórias, ao escolher dar mais destaque a beleza e o lado positivo de cada ser humano.

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