Jornal de Angola

João Lourenço está com os professore­s

Candidato do MPLA a Presidente da República afirmou que a qualidade dos docentes é fundamenta­l para que o país tenha quadros capazes de contribuir para o desenvolvi­mento e pediu a entrega de todos à causa nacional

- Josina de Carvalho

O candidato presidenci­al do MPLA, João Lourenço, teve ontem um encontro alargado com professore­s do ensino geral e enfermeiro­s da província de Luanda, durante o qual foi abordada a questão da carreira e subsídios de isolamento.

João Lourenço afirmou que o país precisa de docentes inovadores e com liderança nos processos de transforma­ção e lembrou a importânci­a dos profission­ais

O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, assegurou ontem aos professore­s do ensino geral que o MPLA vai trabalhar para um ensino acessível a todos, exigente, competitiv­o e com mais qualidade, que na prática prepare os estudantes melhor capacitado­s para ingressare­m no ensino superior.

João Lourenço, que falava num encontro em Luanda com os professore­s do ensino geral e profission­ais da saúde, realizado no Centro de Conferênci­a de Belas, defendeu que um ensino de qualidade depende do nível de preparação dos professore­s e não apenas da existência de salas de aulas climatizad­as e com boas carteiras.

“Teremos bons alunos não tanto em função das comodidade­s da sala de aulas onde estudam, mas sobretudo da qualidade dos docentes e da sua capacidade de transmitir os conhecimen­tos, do empenho e entrega à causa de formar com qualidade dos quadros do amanhã”, justificou João Lourenço, para afirmar que o país precisa de homens bens formados e saudáveis, com competênci­as académicas, técnicopro­fissionais e culturais à altura das necessidad­es do desenvolvi­mento que se pretende. A boa formação, referiu João Lourenço, deve começar nos primeiros níveis de ensino.

O candidato sugeriu que se repense no modelo educativo e pedagógico que melhor satisfaça os interesses e metas traçadas pelo partido. “Precisamos de docentes inovadores e com liderança nos processos de transforma­ção à vista”, reforçou, lembrando que os profission­ais do sector da Educação representa­m 50 por cento da função.

Relativame­nte ao sector da saúde, que congrega 15 por cento dos trabalhado­res da função pública, João Lourenço disse que o MPLA vai trabalhar para humanizar mais os cuidados de saúde prestados à população.

O objectivo, explicou o dirigente político, é fazer com que o paciente procure pelos serviços de saúde confiante no profission­alismo da equipa médica e paramédica e que será tratado com a dignidade que merece.

“Este nível de qualidade que os sectores da Educação e da Saúde podem e devem necessaria­mente oferecer será alcançado através de um maior investimen­to na formação técnico-profission­al dos quadros, maior rigor na supervisão das suas actividade­s quotidiana­s, maior exigência para a prestação de contas, combate cerrado às más práticas que prejudicam toda a sociedade e, sobretudo, através da promoção profission­al e do reconhecim­ento comprovado do mérito de cada um”, disse o vice-presidente do MPLA.

Para João Lourenço, os serviços públicos têm de ter melhor qualidade porque devem servir a todos os cidadãos angolanos, independen­temente da sua condição social ou financeira, e a responsabi­lidade destes profission­ais é maior do que a de quem trabalha no sector privado, que atende apenas quem pode pagar esses serviços.

Dignificaç­ão das carreiras O Executivo que sair das eleições de 23 de Agosto, disse João Lourenço, vai trabalhar na dignificaç­ão das carreiras de professor, enfermeiro e técnico de saúde para que correspond­am ao nível de exigência que se vai introduzir, e melhorar a qualidade dos serviços prestados nos sectores da Educação e da Saúde em resposta ao slogan do MPLA “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”. Os professore­s do ensino geral e os profission­ais de enfermagem solicitara­m ao candidato, caso vença as eleições, a melhoria das condições de trabalho, o pagamento do subsídios de isolamento para os quadros destacados nos municípios e a revisão e actualizaç­ão do Estatuto da carreira dos funcionári­os da Educação e Saúde.

Além destas preocupaçõ­es, que são comuns entre os profission­ais do dois sectores, o representa­nte da Ordem dos Enfermeiro­s de Angola, Vasco Matemba, pediu o reforço do abastecime­nto de medicament­os e dos recursos financeiro­s disponibil­izados às unidades hospitalar­es, bem como um maior investimen­to no programa de municipali­zação dos serviços de saúde.

O Sindicato Nacional Independen­te dos Trabalhado­res da Função Pública, com 47.400 membros, pediu que sejam disponibil­izadas verbas para a realização do concurso público para a admissão de mais quadros para reforçar o atendiment­o. Já o Sindicado Nacional dos Enfermeiro­s, com 22.000 filiados, pretende facilidade­s para o acesso ao crédito para a compra de habitação e meios de transporte.

As outras preocupaçõ­es do sector da Educação, apresentad­as pelo Sindicato dos Professore­s, tiveram a ver com a continuida­de dos desmaios nas escolas.

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KINDALA MANUEL| EDIÇÕES NOVEMBRO Candidato do MPLA quer os quadros bem formados
 ??  ?? Professore­s e enfermeiro­s apresentar­am as suas preocupaçõ­es ao candidato do MPLA durante um encontro em Luanda KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
Professore­s e enfermeiro­s apresentar­am as suas preocupaçõ­es ao candidato do MPLA durante um encontro em Luanda KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

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