RDC cria condições de repatriamento dos seus cidadãos
O Governo da República Democrática do Congo garantiu na quarta-feira que estão a ser criadas as condições para o repatriamento dos cerca de 32.000 refugiados que se encontram em Angola desde Março, devido aos conflitos étnicos e políticos.
Ernesto Muangala manteve um encontro com o seu homólogo da região congolesa do Kassai, Marc Ndambu.
Além do regresso voluntário dos refugiados, Ernesto Muangala e Marc Ndambu analisaram também a possibilidade da reabertura dos mercados fronteiriços, com realce para o mercado do Txissanda, no município do Chitato, tendo em conta a necessidade do reatamento das trocas comerciais, propiciadas pelo clima de estabilidade que reina na região congolesa do Kassai.
A delegação técnica do Governo Provincial da Lunda Norte de apoio e acompanhamento aos refugiados da RDC manteve, na quarta-feira, em Tshicapa, província do Kassai, encontros preliminares com especialistas dos diferentes sectores sobre mecanismos adequados de repatriamento de refugiados, garantias de segurança ao longo da fronteira e a necessidade de reatar-se o comércio fronteiriço.
Em declarações à imprensa, no final do encontro entre a comissão mista de peritos das províncias do Kassai e da Lunda Norte, o coordenador da delegação angolana e comandante provincial da Polícia Nacional, comissário Alfredo Quintino “Nilo”, explicou que as autoridades congolesas endereçaram um convite à Agência das Nações Unidas para os Refugiados para a montagem dos seus escritórios para o acompanhamento e monitorização do processo de repatriamento. “Viemos aqui com o objectivo de fazermos contactos exploratórios com as autoridades do Kassai, para sabermos o que eles pensam a respeito dos refugiados que estão em Angola e ouvimos deles que estão interessados no regresso dos compatriotas ao país de origem”, disse.