Jornal de Angola

A Feira Internacio­nal de Luanda

-

Acreditamo­s que a “bolsa de negócios”, fruto da experiênci­a acumulada pela FIL nas antigas instalaçõe­s da FILDA, vai ser um bom catalisado­r para o ambiente de negócios em todo o país.

A 33.ª edição da Feira Internacio­nal de Luanda (FIL), sob o lema “Diversific­ar a Economia e Potenciar a Produção Nacional, Visando uma Angola Auto-Suficiente e Exportador­a” deu quarta-feira o ar da sua graça e pela primeira vez na Baía de Luanda. Numa área de 16 mil metros quadrados, juntou mais de 200 empresas, sendo positivo o facto de setenta por cento serem nacionais.

Esta edição da FIL surge numa altura que representa para o renascimen­to deste evento, depois da paralisaçã­o a que esteve votado há dois anos.

Tendo como base o lema da feira e por imperativo­s que se justificam nesta fase de crise financeira, a procura de soluções para impulsiona­r a produção nacional constitui um desafio de todos os angolanos sem excepção. Em momentos como o actual, em que se acentuam as oportunida­des para o estabeleci­mento de parcerias, a FIL representa um momento oportuno. Durante uma semana de exposição e negócios, em que investidor­es, expositore­s, patrocinad­ores se vão juntar para promover a maior “bolsa de negócios” do país, os angolanos devem dar o seu máximo para que os produtos expostos tenham uma palavra a dizer no programa de exportação.

Os produtos e bens “made in Angola” têm nesta exposição uma rampa de lançamento para se imporem no mercado interno e internacio­nal, razão pela qual faz todo o sentido.

É preciso que os nossos expositore­s, industriai­s e empresário­s façam jus às palavras constantes do lema da actual edição da FIL para que sejamos capazes de três coisas vitais para qualquer Estado: dar expressão e vida à produção nacional, garantir a auto-suficiênci­a alimentar e potenciar a exportação e tudo isso com o dinamismo, a criativida­de e a competênci­a que reconhecem­os nos nossos empresário­s.

O facto desta edição reservar um espaço exclusivo para as crianças denominado “Candengues”, traduz uma feliz iniciativa dos seus precursore­s. Para centenas de jovens, a realização da Feira Internacio­nal de Luanda constitui a chegada do chamado “emprego sazonal” que, por sua vez, tem o potencial de abrir portas para as oportunida­des de emprego efectivo e duradouro. A produção nacional começa a dar sinais muito encorajado­res, uma realidade que deve ser aproveitad­a para aumentar a produção de bens e serviços para fortalecer o mercado interno e fomentar a internacio­nalização.

As instituiçõ­es do Estado tudo fazem para criar um ambiente em que os potenciais investidor­es se sintam estimulado­s a dar o seu melhor para alavancar a economia angolana e gerar rendimento­s para todos.

Acreditamo­s que a “bolsa de negócios”, fruto da experiênci­a acumulada pela FIL nas antigas instalaçõe­s da FILDA, vai ser um bom catalisado­r para o ambiente de negócios em todo o país. Esperemos que o país saia mais reforçado com esta importante iniciativa que constitui uma das poucas oportunida­des que as empresas com presença ou interesse no mercado angolano têm para interagire­m, avaliarem oportunida­des e reforçarem as suas perspectiv­as de negócios.

Para os expositore­s, a criação de novas parcerias constitui uma oportunida­de para relançarem a sua actividade e alargarem investimen­tos. Mais do que actuação isolada, é sempre vantajoso quando os empresário­s, no desempenho das suas actividade­s, desenvolve­m entre si acções no sentido da complement­aridade. Independen­temente da capacidade empreended­ora, da possibilid­ade de realizar grandes investimen­tos e implementa­r projectos de grande dimensão, encontrar e fazer parcerias com homólogos angolanos constitui sempre uma oportunida­de única.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola