Terrorismo é desafio para a África Ocidental
O Conselho de Segurança da ONU saudou os desenvolvimentos políticos em alguns países da África Ocidental, mas manifestou preocupação com a ameaça do terrorismo na região.
Num documento divulgado ontem, o órgão condenou “de forma veemente” todos os ataques terroristas realizados na região, com destaque para os no norte e centro do Mali e da Bacia do Lago Chade, principalmente por grupos como o Boko Haram e o Estado Islâmico.
O Conselho de Segurança encorajou Estados-membros e parceiros multilaterais a darem apoio à Força-Tarefa Conjunta Multinacional para “garantir a sua plena operacionalização” e aumentar as acções colectivas para combater o Boko Haram.
Através do Escritório da ONU na África Ocidental e Sahel, ressaltou o compromisso de trabalhar para fortalecer a cooperação para combater ameaças de seguranças entre fronteiras e impedir a propagação do terrorismo. Em relação à GuinéBissau, o Conselho de Segurança reiterou a sua preocupação com a situação e pediu a todos os líderes políticos do país que respeitem o Acordo de Conacri e acções da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), para ajudar a encontrar uma saída para a crise política.
O comunicado também fez referência à difícil situação humanitária causada por acções terroristas na região da Bacia do Lago Chade.
À comunidade internacional, o órgão pediu que “apoie imediatamente” as pessoas mais afectadas pela crise nos Camarões, no Chade, no Níger e na Nigéria. Também pediu a governos regionais para facilitarem o acesso humanitário e trabalharem com as Nações Unidas no desenvolvimento de opções para entrega de ajuda. Sobre a Costa do Marfim, o Conselho de Segurança saudou o progresso feito em paz, estabilidade e prosperidade económica após o encerramento da Missão da ONU no país, em 30 de Junho.