Baía de Luanda usufrui de ambiente favorável
FILDA junta 14 países e incorpora 62 empresas exportadoras. Dos estrangeiros, Portugal destaca-se com 23 expositores.
A empresa de telecomunicações Infrasat, associada ao projecto angolano Angosat 1, aproveita a 33ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda 2017), que decorre desde quarta-feira, na Baía de Luanda, para promover e dinamizar a imagem do primeiro satélite angolano.
A directora de marketing e vendas da Infrasat, Emília Dias, esclareceu que o Angosat 1 tem um raio de acção que abrange todo o continente africano e certos países europeus, um pormenor que vai facilitar e melhorar a comunicação. Pelo menos, 80 por cento dos serviços do Angosat 1 devem ser vendidos a empresas, em território angolano e nos países que estarão no raio de acção do Angosat 1.
Os demais 20 por cento serão compartilhados para as questões estratégicas do Estado e para programas de âmbito social. No campo social, o interesse estará direccionado aos programas dos sectores da Educação e da Saúde e para o fomento do emprego, através do empreendedorismo de base tecnológica.
Por aquilo que mostraram os dois primeiros dias da FILDA 2017, percebe-se que a exposição decorre num ambiente propício para selar diversos negócios, com ofertas visíveis a novas bolsas comerciais, tanto no país como no estrangeiro. O vice-governador de Luanda para o sector Económico, Rui Celso Dias, maior evento comercial angolano decorre na Marginal Norte de Luanda países mostram o melhor do mundo empresarial empresesas dedicam-se à exportação de produtos admitiu que a FILDA 2017 representa uma oportunidade de reafirmação do papel do Estado na promoção das empresas nacionais, das quais se exige mais competitividade interna e externa, para responder aos desafios económicos actuais do país.
Como disse, Luanda trabalhou arduamente, para que a FILDA beneficiasse de melhores condições de trabalho, na expectativa de agradar os visitantes e todos aproveitarem a ampla variedade de bens e serviços expostos em desenvolvimento no país. “A província de Luanda tem sediado esse evento nas últimas três décadas, o que demonstra um firme propósito de contribuir para a concretização dos objectivos da feira: diversificar a economia e potenciar a produção nacional, visando uma Angola auto-suficiente e exportadora”, sublinhou Rui Celso Dias.
Para alguns empresários, Angola se encontra numa região estratégica do continente africano, que lhe facilita concretizar a exportação dos seus produtos para qualquer país. O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, notou, no primeiro ciclo de encontros, denominado “Encontros Angola/Portugal”, que o país será mais competitivo, logo que entrar para a Zona do Comércio Livre (ZCL) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Já o presidente da Câmara de Comércio Portugal/ /Angola, João Luís Traça, sublinhou que Portugal pode ser a janela de oportunidade de que Angola precisa para exportar os seus produtos para outros países europeus, tendo em atenção que os produtos angolanos são bem recebidos em Portugal.
A 33ª edição da FILDA alberga 14 países e incorpora 62 empresas expositoras. Entre os expositores estrangeiros, Portugal destaca-se com 23 expositores, a China e o Brasil com 13, a Índia com 10, a Alemanha com quatro e a Argélia com três. Angola está presente com 161 empresas.