Os namibianos bantu são afinal originários do Cunene
Depois da realização do estudo genético da população geral, a área de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto fez outro estudo, mas com uma população específica, nativa do Cunene, cuja escolha se deveu ao facto de ter hábitos e costumes próprios e por se assemelhar aos namibianos.
O estudo concluiu que a população do Cunene não veio da Namíbia, além de que é uma população bantu que migrou para a Namíbia, assegurou a geneticista, que disse terem sido utilizadas para o estudo três gerações (avós, pais e filhos) de famílias nativas da província angolana do Cunene.
O perfil genético da população angolana é um dos vários assuntos aflorados pela geneticista Maria Madalena Chimpolo numa extensa entrevista concedida ao
A entrevista é publicada na próxima semana e ilustra a importância, para as comunidades, do trabalho que é desenvolvido pela área de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto.
Esta área, que responde directamente à direcção da Faculdade de Medicina e equiparada a departamento, presta serviços e exames biológicos às comunidades, com o seu Laboratório de Genética Molecular. Alguns dos exames não são feitos por mais nenhum laboratório nacional.
A execução de técnicas de diagnóstico molecular para doenças em que não haja oferta de diagnóstico no país é uma das estratégias da vertente assistencial laboratorial da área de Genética.
O Serviço de Paternidade, pertencente ao Projecto de Identificação Humana, é o mais procurado pela população.