Moon Jae-in promete evitar conflito militar
O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse ontem que o seu governo “vai evitar uma guerra a todo custo” no actual momento de tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte, e pediu ao governo norte-coreano liderado por Kim Jong-un que aposte no diálogo e na desnuclearização.
“O governo (sul-coreano) vai evitar uma guerra a todo custo. Devemos resolver pacificamente o problema nuclear da Coreia do Norte, mesmo com todos os obstáculos”, disse o presidente Moon Jae-in durante a cerimónia em Seul do Kwangbok Jeol, o dia da independência nacional no qual é festejado o fim do domínio colonial japonês, que durou 35 anos (1910-1945).
As palavras de Moon Jaein chegam num momento marcado pela escalada verbal entre Estados Unidos e Coreia do Norte, depois deste último ter anunciado na semana passada um plano para atacar a ilha de Guam, que abriga importantes bases militares americanas.
Não obstante, a Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias KCNA, diminuiu ontem o tom das ameaças, depois do líder, Kim Jong-un, ter analisado os planos para atacar Guam e decidir “monitorar um pouco mais” a conduta dos Estados Unidos antes de empreender esta ofensiva.
Moon Jae-in tenta, assim, apaziguar os ânimos dos dois países e explicou que a Coreia do Sul não vai consentir que o seu aliado, os EUA, realizem um ataque preventivo, tal e como insinuaram em várias ocasiões integrantes do governo de Donald Trump.
“Uma acção militar só pode ser decidida pela República da Coreia (Coreia do Sul) e ninguém deve decidir empreender uma acção militar sem o nosso consentimento”, disse o Chefe de Estado sul-coreano.
“Além disso, mantemos as portas abertas para o diálogo militar”, acrescentou o Presidente Moon Jae-in, em referência à oferta de diálogo, apresentado a Pyongyang em Julho.