Jornal de Angola

O Templo de Jerusalém

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O Templo de Jerusalém é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifício­s conhecidas como o korbanot. O primeiro templo usado pelos hebreus foi o Tabernácul­o, chamado de Templo do Senhor. O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), no leste de Jerusalém. De acordo com a Torá (a bíblia hebraica), o primeiro templo foi construído no local onde Abraão (Avraham) havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia sido acumulado em grande abundância pelo seu antecessor, o rei David. Após a construção do templo, ele permaneceu 13 anos sem ser usado, por motivos desconheci­dos. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodono­sor II, que levou todos os seus tesouros para a Babilónia.

Pelos cálculos de James Ussher, a ordem para a construção do primeiro templo foi dada pelo rei Davi em 1015 aC. As fundações do templo foram lançadas em 21 de Maio de 1012 aC, no segundo dia do segundo mês, quatrocent­os e oitenta anos depois da saída de Israel do Egipto. A construção terminou em 1005 aC, mas a sua dedicação foi adiada até o ano seguinte, por este ser um ano de jubileu (o nono), e, segundo Ussher, exactament­e três mil anos desde a criação do mundo.

O segundo templo foi reconstruí­do após o retorno do cativeiro na Babilónia, sob a orientação de Zorobabel. O templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e as suas fundações foram lançadas em 535 aC. A sua construção foi interrompi­da durante o reinado de Ciro e retomada em 521 aC, no segundo ano de Dário I. O templo foi consagrado em 516 aC. Diferentem­ente do primeiro templo, este não tinha a Arca da Aliança, o Urim e o Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, as tábuas dos Dez Mandamento­s, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo. Nos quinhentos anos desde o retorno, o templo havia sofrido muito com o desgaste natural e com os ataques de exércitos inimigos. Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 18 aC e terminaram em 65. O templo foi destruído em 70. Actualment­e, o cume do Monte Moriá correspond­e à região denominada Haram esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Kubbet esSahkra (Domo da Rocha) ou Mesquita de Omar.

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