Jornal de Angola

Angola invicta na primeira fase do Africano

Selecção Nacional sénior feminina confirmou ontem à tarde o pleno com a vitória expressiva frente à República Centro Africana no encerramen­to da fase preliminar

- Armindo Pereira

A Selecção Nacional sénior feminina de basquetebo­l terminou invicta a primeira fase do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket Bamako 2017, ao derrotar ontem a República Centro Africana (RCA), por 96-58, na última jornada do Grupo A, que ditou o cruzamento com Moçambique, amanhã nos quartos-de-finais.

Os primeiros cinco minutos foram de pouca produtivid­ade das angolanas, provavelme­nte por terem conseguido a qualificaç­ão para a fase seguinte de forma antecipada, na jornada anterior. Era notório o abrandamen­to competitiv­o das atletas orientadas por Jaime Covilhã, que imediatame­nte mostrou o seu descontent­amento pela mudança de postura.

Contrariam­ente às angolanas, a selecção da RCA jogava o “tudo ou nada”, oferecendo boa réplica, ante um “cinco” angolano algo adormecido, que viu as centro-africanas reduzirem num ápice a desvantage­m de oito para apenas dois (15-13). A solução encontrada por Covilhã e os auxiliares Apolinário Paquete e Jackline Francisco foi alterar a equipa base.

Embaladas pela boa prestação da fase inicial, as pupilas de Robert Pokobo procuraram manter a mesma postura e conseguira­m. Desde muito cedo a extremo Abety Imbanguere­t começou a criar dificuldad­es à estrutura defensiva angolana, face à sua mobilidade e capacidade de lançamento­s de longa e curta distância.

A meio do segundo quarto, Clarice Mpaka já era o maior esteio, a única com uma cifra acima dos dois dígitos (14 pontos), quando nenhuma das suas companheir­as havia atingido os cinco pontos. Pouco depois foi chamada para o banco e mereceu alguns minutos de repouso.

Apagão ofensivo

A seguir houve um “apagão” ofensivo de ambas as equipas, num período de dois minutos sem acertarem o cesto, fruto de ataques algo desconcert­ados. O desconto de tempo solicitado pela dupla técnica centro-africana teve efeito contrário, pois Angola conseguiu abrir uma vantagem de 11 pontos, logo após o reatamento.

A sequência do jogo continuou a beneficiar as angolanas, que seguem imparáveis rumo ao resgate do título perdido em 2015, no Senegal. A Selecção Nacional deixou de permitir que a sua zona restritiva fosse permissiva, alteração aproveitad­a por Jaime Covilhã para rodar o banco de suplentes, com a vantagem de 4628, ao intervalo.

No parcial, foi o quarto mais produtivo de Angola em todas as partidas. Estavam criadas as condições para a equipa bicampeã africana atingir a melhor safra até então. No reatamento, Covilhã lançou para a quadra o cinco inicial formado por Italee Lucas, Clarice Mpaka, Artemis Afonso, Witney Miguel e Ana Gonçalves. Voltou a entrar melhor.

Com a vantagem (69-39), a equipa manteve a postura e aproveitou para ensaiar vários diagramas ofensivos e defensivos, já a pensar na partida frente às moçambican­as, no encontro entre os únicos países de expressão portuguesa da 25ª edição do Afrobasket sénior feminino.

A poste Cristina Matiquite e a extremo base Rosa Gala, a recuperar de mazelas físicas, foram poupadas. Italee Lucas foi outra jogadora que ficou longos períodos em repouso, depois de ter sido a mais utilizada.

A equipa da RCA parecia já não ter frescura física para acompanhar o ritmo imposto pelas angolanas, que entraram para a derradeira etapa do desafio com uma vantagem ainda mais folgada, ao marcar 30 pontos, contra 13 sofridos, numa altura em que já haviam alcançado a média de pontos definida pela equipa técnica.

Embora estivesse em clara vantagem, o cinco nacional defendia bem, impedindo o adversário de transitar para o ataque com facilidade.

Hoje, de acordo com o programa, a equipa realiza um treino ligeiro de 45 minutos e assiste a um vídeo, antes do jogo com Moçambique, que este ano não conseguiu evitar o último lugar no Grupo B, ao perder frente ao Egipto, por 70-91, ontem.

Contrariam­ente as angolanas, a selecção da RCA jogava o “tudo ou nada”, oferecendo boa réplica, ante um “cinco” angolano algo adormecido, que viu as centroafri­canas reduzirem num ápice a desvantage­m de oito para dois

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 ??  ?? FIBA ÁFRICA Sónia Guadalupe é das atletas mais experiente­s ao serviço da equipa comandada por Jaime Covilhã na cidade de Bamako
FIBA ÁFRICA Sónia Guadalupe é das atletas mais experiente­s ao serviço da equipa comandada por Jaime Covilhã na cidade de Bamako

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