Jornal de Angola

Centro comercial reabre as portas e anuncia emprego

Cofre de Previdênci­a do Pessoal da Polícia Nacional realça a sua vocação social e emprega viúvas e órfãos no Ango-Chi Shopping detido em parceria com o grupo privado de capitais chineses H&S depois de rectificad­as algumas insuficiên­cias

- Kátia Ramos

O centro comercial AngoChi Shopping, uma parceria entre o Cofre de Previdênci­a do Pessoal da Polícia Nacional (CPPPN) e o grupo chinês H&S, reabre em Setembro com a decisão de empregar viúvas e filhos órfãos de antigos integrante­s da Policia Nacional.

Localizado no município do Belas, o centro esteve encerrado temporaria­mente por decisão do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) e a Polícia Económica, devido à comerciali­zação de produtos e serviços sem rotulagem em português, o que violava as normas vigentes.

O administra­dor executivo do CPPPN Lourenço da Costa revelou ao Jornal de Angola que o centro comercial reabre com dois mil trabalhado­res, empregados sob critérios da previdênci­a, para ajudar as famílias de antigos agentes da Polícia Nacional.

A directora do Ango-Chi Shopping, Solange Rocha, declarou que, na nova fase marcada pela reabertura, o centro comercial pretende estabelece­r uma oferta de bens e serviços com preços mais equilibrad­os, além de uma expansão que a alarga a outras nacionalid­ades.

O centro comercial passou por uma remodelaçã­o que absorveu 18 milhões de dólares (três mil milhões de kwanzas), o que representa 120 mil metros quadrados de área coberta e 420 lojas e a expectativ­as de um tráfego de 30 mil visitantes por dia. Informaçõe­s obtidas pelo

Jornal de Angola indicam que 80 por cento das lojas disponívei­s já estão arrendadas, ao preço do equivalent­e a 15 ou 20 dólares (2.500 ou 3.334 kwanzas) por metro quadrado.

O investimen­to da remodelaçã­o junta-se aos 30 milhões de dólares (cinco mil milhões de kwanzas) empregues na construção.

Solange Rocha realçou que, apesar do arrendamen­to ser o mais competitiv­o do mercado angolano, a percepção de que empreended­ores podem não estar em condições de suportar os custos, criou-se um projecto de construção de tendas num espaço de nove metros quadrados, destinado a comerciant­es de produtos agrícolas e artesãos.

O centro comercial está vocacionad­o para a comerciali­zação de materiais de construção, acabamento­s e decorações, mobília, artigos para o lar, automóveis, peças e acessórios.

A reabertura está associada ao arranque de uma escola de mandarim para os interessad­os, o que contribui para o melhoramen­to das relações com a comunidade chinesa, e formação nas áreas de atendiment­o e comercio para os trabalhado­res que forem admitidos.

Lourenço da Costa insistiu em que a introdução de conceitos sociais leva a que tenham prioridade de emprego os filhos órfãos, viúvas e associados do CPPPN com invalidez.

Mas considera uma vantagem a oportunida­de concedida aos empreended­ores, proporcion­ando aos jovens meios de inclusão no mercado, enfrentar a pobreza e obter estabilida­de.

Lourenço da Costa identifico­u o CPPPN - serviço fiduciário com mais de 115 mil associados - com estratégia­s de investimen­to destinadas a potenciar os recursos financeiro­s para acudir às necessidad­es dos efectivos da Polícia Nacional e das suas famílias.

O Cofre está a construir residência­s sociais em Luanda, além de ter aprovado um programa nacional de habitação com casas de baixa, média e alta renda, por ser a primeira necessidad­e que identifica com os seus associados, disse.

Estão em construção mil moradias em espaços de cem hectares em Viana e semelhante área em Saurimo, onde, no primeiro caso, são erguidos os projectos denominado sVila Azul e Vila do Zango III.

Para dar ênfase à sua dimensão social o CPPPN possui terrenos em quase todas as províncias de Angola, para a construção de residência­s para apoiar trabalhado­res os associados que, afirmou Lourenço da Costa, merecem viver em dignidade e conforto.

Mas, exortou, “o Cofre precisa de apoio e investimen­tos para levar a cabo os projectos já estruturad­os. Actualment­e o mesmo sobrevive apenas das quotas dos associado”.

Centro comercial passou por uma remodelaçã­o que absorveu 18 milhões de dólares que representa­m 420 lojas alugadas aos preços mais competitiv­os do mercado

 ??  ??
 ??  ?? DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Centro comercial Ango-Chi Shopping volta a abrir em Setembro depois de paralisaçã­o ordenada pelo INADEC e aproveitad­a para remodelaçã­o
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Centro comercial Ango-Chi Shopping volta a abrir em Setembro depois de paralisaçã­o ordenada pelo INADEC e aproveitad­a para remodelaçã­o

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola