Sudão fecha as fronteiras para travar contrabando
O Sudão ordenou o encerramento das suas fronteiras com o Sudão do Sul, Chade e Líbia para tentar travar o tráfico de armas e tirá-las das mãos dos civis.
O Sudão ordenou o encerramento das suas fronteiras com o Sudão do Sul, Chade e Líbia para evitar o tráfico de armas, numa campanha para tirar das mãos dos civis esse material bélico, anunciou fonte oficial.
A medida extrema tomada sexta-feira surge na sequência de algumas denúncias oficiais e vários testemunhos sobre o tráfico desses meios e de veículos militares entre os três Estados por contrabandistas, segundo o vice-presidente do país, Hasbou Mohamed Abrerrahmane, citado pelo diário Sudan Tribune.
Mais de 60 mil viaturas todo-o-terreno entraram desde a fronteira com a Líbia, Chade e Sudão, para o Sudão do Sul, mediante o tráfico ilícito, tendo-as utilizado em crimes de sangue, branqueamento de capitais e venda de drogas, adiantou o governante de Cartum. Abrerrahmane explicou que a Interpol (Comité de Polícia Internacional) instou o seu Governo a identificar esses meios de transporte com vista a chegar até às redes criminosas implicadas nesses actos.
A campanha sudanesa de desarmamento e recolha de material bélico iniciou a 7 de Agosto último e consiste na recolha de armas e de veículos sem matrícula às milícias civis e grupos rebeldes na região ocidental de Darfur, assolada por uma guerra civil desde 2003.
Darfur, uma região sudanesa desamente povoada, continua a ser fustigada por grupos armados, incluindo as milícias islâmicas “Janjawids”, que cometem atrocidades contra as populações.
Recentemente, as Nações Unidas condenaram as acções contra os “capacetes azuis” naquela região.