Jovens satisfeitos com ensino superior
A expansão e a reorganização da rede de ensino superior em Angola, com a criação de seis universidades públicas, com abrangência regional, é um dos benefícios dos 15 anos de paz efectiva no país, segundo estudantes da Escola Superior Politécnica e da Escola Superior Pedagógica do Bié.
Os estudantes contactados pelo Jornal de Angola afirmaram, na cidade do Cuito, que o ensino superior na região caminha bem e num ambiente propício para se desenvolver a actividade académica. Os discentes recordaram que até 2002 no país havia apenas uma instituição do ensino superior, a Universidade Agostinho Neto (UAN), presente em apenas sete das 18 províncias do país: Luanda, Huambo, Huíla, Benguela, Uíge, Cabinda e Cuanza-Sul.
Antoninho Vasco, 22 anos, natural do Huambo, estudante do 4.º ano do curso de Comunicação Social na Escola Superior Politécnica do Bié, destacou o aumento do número de estudantes do ensino superior na província, que ronda os 5.771 alunos distribuídos por três instituições académicas, sendo duas públicas e uma privada.
No Bié funcionam a Escola Superior Pedagógica, a Escola Superior Politécnica e o Instituto Superior Kangajo do Cuito, este último de carácter privado. O ensino superior no Bié foi retomado em 2005, depois de uma paralisação que durou cerca de 16 anos.
O vice-governador do Bié para área política e social reafirmou o contínuo apoio do Governo às instituições do ensino superior, visando a melhoria da qualidade do ensino. Carlos Ulombe da Silva assegurou ainda que as entidades governamentais, em parceria com o Ministério do Ensino Superior, prevêem, para os próximos tempos, expandir a formação universitária nos municípios de Camacupa (para atender as regiões de Catabola e Cuemba) e do Andulo (a fim de capacitar quadros da Nharêa e Cunhinga).